MC Poze é denunciado por tortura e extorsão e pode ter prisão decretada

247 - O cantor Marlon Brendon Coelho, conhecido como MC Poze do Rodo, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sob acusação de envolvimento em um sequestro seguido de tortura e extorsão contra seu ex-empresário, Renato Medeiros, em 2023. A Promotoria solicitou à Justiça a prisão preventiva do artista e de outras seis pessoas apontadas como participantes do crime. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com a denúncia, Poze teria agido em conjunto com nove suspeitos para capturar, agredir e coagir o empresário a confessar o suposto furto de uma joia. Segundo a investigação conduzida pela 42ª Delegacia de Polícia (Recreio dos Bandeirantes), Renato foi brutalmente espancado com socos, chutes e uma arma improvisada feita com madeira e pregos. Ele também teria sofrido queimaduras causadas por cigarros acesos.

A defesa de MC Poze nega as acusações e afirma que o cantor está colaborando com a Justiça desde o início do processo. “Desde o início da investigação, tanto o Ministério Público quanto o Judiciário entenderam que não havia necessidade de prisão. Medidas cautelares foram impostas e estão sendo rigorosamente cumpridas. Marlon segue respeitando todas as decisões judiciais e provará sua inocência no processo”, disse o advogado Fernando Henrique Cardoso Neves.

À época do crime, Poze chegou a acusar o empresário de ter furtado um objeto de valor, mas essa suspeita não foi comprovada. Após o episódio, Renato Medeiros prestou queixa com diversos ferimentos aparentes, incluindo o braço enfaixado e lesões visíveis no rosto.

O funkeiro também é alvo de outro inquérito policial por apologia ao crime e suposto envolvimento com o tráfico de drogas, o que amplia o cerco judicial ao redor do artista.O Ministério Público fundamenta o pedido de prisão alegando a gravidade das acusações, o risco à integridade das vítimas e a necessidade de garantir a ordem pública. A decisão sobre a solicitação ainda será analisada pela Justiça.