Justiça mantém condenação de Pablo Marçal por morte de eletricista
Tribunal rejeita recurso do empresário, que terá de pagar R$ 2,4 milhões à família de eletricista morto em acidente em 2023
247 - A Justiça do Trabalho de São Paulo manteve, por unanimidade, a condenação do empresário e influenciador Pablo Marçal pelo acidente que levou à morte do eletricista Celso Guimarães Silva, de 49 anos, em 2023. A decisão foi confirmada pela coluna Veja Gente, da revista Veja, nesta quarta-feira (22).
Em abril, Marçal e sua empresa, Marçal Participações Ltda., haviam sido condenados a pagar R$ 2 milhões em indenizações por danos morais e materiais à família da vítima. Com a aplicação de multa e honorários advocatícios, o valor total a ser desembolsado chega a R$ 2,4 milhões.
A defesa de Marçal recorreu da sentença, alegando que uma das testemunhas do processo possuía “amizade íntima” com a vítima, o que poderia comprometer o depoimento. No entanto, a desembargadora e relatora do caso, Cândida Alves Leão, rejeitou o argumento, destacando que o vínculo entre ambos era apenas profissional e eventual, não configurando impedimento.
A decisão ainda cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
O acidente
Celso Guimarães era especializado em instalações elétricas para estúdios de produção audiovisual e prestava serviços à empresa de Marçal no momento do acidente. Em junho de 2023, enquanto desmontava um estúdio de cinema em Alphaville, na Grande São Paulo, ele sofreu uma descarga elétrica e caiu de uma altura de cerca de quatro metros.
O eletricista chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado ao Hospital Municipal de Barueri, mas não resistiu aos ferimentos.
Um laudo da Polícia Civil apontou fiação elétrica exposta, ausência de isolamento adequado e falta de estrutura para o uso de equipamentos de segurança, fatores que contribuíram para o acidente.
Indenizações
Na condenação de abril, a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) fixou o pagamento de R$ 1,346 milhão à família de Celso Guimarães, além de R$ 564,8 mil à esposa da vítima, a título de danos morais e para custear tratamento psiquiátrico.


