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Investigadores darão uma posição sobre o caso de Carla Zambelli ainda no segundo semestre, diz embaixador

De acordo com a defesa, está sendo avaliado um pedido de prisão domiciliar para a bolsonarista

Carla Zambelli (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

247 - O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, disse nesta sexta-feira (1º) que o caso de Carla Zambelli (PL-SP) deve terminar ainda no segundo semestre deste ano. A deputada federal licenciada foi presa na última terça-feira (29) em Roma dois meses após fugir do Brasil, por ter sido condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito que apura a por invasão a sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Com todas as autoridades italianas com as quais eu converso [há] esse sentimento da necessidade de um processo curto”, disse Mosca ao Estúdio i, da GloboNews.

Na entrevista, Mosca afirmou que haverá mais uma análise do caso de Zambelli em agosto para avaliar o pedido de prisão domiciliar feito pelos advogados da parlamentar por motivos de saúde.

Além de ter sido condenada a dez anos de prisão, a bolsonarista deve pagar R$ 2 milhões em danos coletivos.

De acordo com as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandato falso de prisão contra Alexandre de Moraes, relator do inquérito da trama golpista, que tem Jair Bolsonaro (PL) entre os 31 réus. 

A deputada licenciada não é ré na investigação do plano golpista, mas, conforme as investigações, a invasão ao sistema do CNJ foi uma prática golpista. 

O falso mandado contra Moraes não seria à toa. No STF, o magistrado é relator do inquérito da trama golpista e, nos últimos anos, teve atuação de destaque em investigações contra milícias digitais, o que, no campo político-partidário, tem atingido principalmente políticos bolsonaristas. 

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