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      Homem que confessou ataques a ônibus em SP é apoiador de Pablo Marçal e atacou Lula nas redes sociais

      Edson Campolongo, de 68 anos, confessou ter realizado 18 ataques e justificou ações como forma de “consertar o Brasil”

      Edson Campolongo (Foto: Reprodução)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - Identificado como o principal responsável por uma onda de vandalismo contra ônibus na Grande São Paulo, o servidor público aposentado Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, foi levado na manhã de terça-feira (22) à Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo, informa o Metrópoles. Segundo informações da Polícia Civil, o homem confessou ter realizado ao menos 18 ataques desde junho.

      Campolongo, que mantém perfis ativos no Instagram e Facebook, é seguidor do influenciador Pablo Marçal (PRTB) e tem longo histórico de postagens com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. No último domingo (20), publicou um vídeo manipulado, atribuindo a Lula uma suposta oposição aos valores cristãos.

      Em outra publicação, datada de 8 de outubro, Campolongo aparece filmando ônibus no centro de São Paulo. Visivelmente exaltado, afirma: “Vocês vão fazer o que dá vida depois que o Lula colocar o Boulos aqui em São Paulo? (...) Se você não sair para a guerra, meu irmão...”.

      Durante o depoimento, segundo o delegado seccional Domingos Paulo Neto, o investigado justificou suas ações como tentativa de "consertar o Brasil". Em suas palavras, teria agido para "tirar o país do buraco".

      Desde 12 de junho, pelo menos 530 ônibus do sistema municipal foram danificados na capital paulista, de acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transportes (SMT) e a SPTrans. Já a Artesp, responsável pela fiscalização dos ônibus intermunicipais, contabilizou 291 casos de vandalismo entre 1º de junho e 21 de julho.

      Levantamento da Polícia Civil indica que, entre 21 de maio e 5 de julho, a zona sul da capital liderou o número de ocorrências, com 85 ataques. Na sequência vêm as zonas oeste (65), leste (19), centro (16) e norte (6).

      As avenidas com maior concentração de casos incluem a Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Interlagos, Cupecê e Brigadeiro Faria Lima. Os ataques ocorreram com maior frequência entre quintas-feiras e sábados — sendo a quinta-feira o dia mais comum.

      Empresas mais afetadas incluem Vidazul Transportes, Viação Grajaú, Sambaíba, Campo Belo, Via Sudeste e Mobibrasil — esta última com cerca de 30% dos casos registrados.

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