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Após audiência de custódia, Justiça mantém prisão do rapper Oruam

Rapper alega perseguição e diz que renda vem da música; defesa denuncia racismo e abuso da Polícia Civil do RJ

Rapper na chegada à Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)

247 - A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão do rapper Oruam, filho do traficante Marcinho VP, após audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira (23). De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) e o secretário de Polícia Civil do estado, Felipe Curi. Oruam foi formalmente indiciado por uma série de crimes: tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência à prisão, desacato, dano ao patrimônio público, ameaça e lesão corporal. As informações são da CNN Brasil.

A origem das acusações remonta a uma operação policial que tinha como objetivo cumprir um mandado de busca e apreensão contra um adolescente conhecido como “Menor Piu”, que se encontrava na residência do cantor. O jovem é apontado como sendo um suposto segurança de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, considerado líder do Comando Vermelho (CV) e principal chefe do tráfico de drogas no Complexo da Penha, zona norte da capital fluminense.

Durante a abordagem, segundo o relato policial, Oruam e outros presentes teriam reagido de forma hostil à ação, lançando pedras e xingamentos contra os agentes. Um policial foi ferido. Ainda segundo a versão apresentada, o artista teria tentado intimidar os policiais ao se identificar como filho de Marcinho VP.

Em sua defesa, Oruam nega qualquer envolvimento com o crime organizado e afirma que sua fonte de renda vem exclusivamente da atividade artística. Em declaração pública, ele afirmou: “Não sou bandido”. Sobre a presença do adolescente em sua casa, o rapper disse desconhecer que o amigo era procurado pela Justiça, alegando que o jovem teria ocultado a existência do mandado de prisão.

A defesa do artista sustenta que o caso está sendo usado politicamente e acusa a Polícia Civil de promover um processo marcado por discriminação racial e abuso de autoridade. “A lei tem cor e só vale para preto”, afirmou um dos advogados. Os representantes legais de Oruam acusam ainda o secretário Felipe Curi de calúnia, ao afirmar que ele teria chamado o cantor de “marginal, criminoso, bandido e delinquente” sem apresentar provas.

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