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CPMI tem confusão entre Zé Trovão e advogado do "Careca do INSS" (vídeo)

Vice-presidente da CPMI, deputado Duarte Jr. precisou acionar a Polícia Legislativa para conter os ânimos

Zé Trovão e advogado do "Careca do INSS" discutem durante sessão do colegiado (Foto: Reprodução/TV Senado)

247 - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi interrompida nesta quinta-feira (25/9) após um tumulto envolvendo parlamentares e o advogado de defesa do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Segundo o Metrópoles, o episódio ocorreu logo no início da oitiva, quando Antunes se recusou a responder às perguntas do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), que o chamou de “bandido” durante sua fala.

Relator chama depoente de “bandido”

A declaração de Gaspar gerou reação imediata: “Está presente aqui o autor do maior roubo aos aposentados e pensionistas da história do Brasil”, afirmou o deputado. O advogado Cleber Lopes se exaltou em defesa de seu cliente, dando início à confusão.

Confronto verbal

No auge da tensão, o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) levantou-se contra o advogado e gritou: “Cala a boca, você não tem direito de falar”. O vice-presidente da CPMI, Duarte Jr. (PSD-MA), suspendeu a sessão e acionou a Polícia Legislativa para conter os ânimos.

Sessão foi retomada, mas com silêncio do depoente

Apesar da intervenção, Antunes se manteve em silêncio e não respondeu às perguntas do relator. Ele chegou a se afastar do microfone, enquanto o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) tentou negociar com a defesa para que a audiência pudesse seguir em ritmo mais calmo.

Escândalo do INSS: origem e impactos

O caso se tornou público após reportagens do Metrópoles publicadas em dezembro de 2023, que revelaram fraudes em associações ligadas a aposentados. As entidades arrecadaram cerca de R$ 2 bilhões em um ano por meio de mensalidades suspeitas, resultando em milhares de processos.

As denúncias deram origem à Operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela Polícia Federal, que culminou nas demissões do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

 

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