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      PF suspende por 34 dias delegado responsável pela segurança do DF nos atos golpistas

      Fernando de Sousa Oliveira era secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública, chefiada por Anderson Torres à época das manifestações terroristas

      Fernando de Sousa Oliveira (à esq., no círculo), Anderson Torres e uma foto de bolsonaristas fazendo protestos favoráveis a um golpe no Brasil (Foto: ABR | Adriano Machado/Reuters)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - A Corregedoria da Polícia Federal suspendeu por 34 dias o delegado Fernando de Sousa Oliveira. Ela era responsável pelas forças de segurança do Distrito Federal quando aconteceram os atos golpistas do 8 de Janeiro de 2023, em Brasília (DF). A decisão foi anunciada no dia 14 de agosto. O atuante na área jurídica era secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública, chefiada por Anderson Torres à época. Os dois estão entre os 31 réus no inquérito da trama golpista.

      O Supremo Tribunal Federal condenou pelo menos 643 pessoas pela participação nas manifestações terroristas, há mais de dois anos, na capital federal. O delegado é réu no STF no núcleo 2 da trama golpista junto com outras cinco pessoas (veja a lista ao final da matéria)

      Na Corte, a investigação sobre as mobilizações bolsonaristas é parte de um inquérito mais amplo, o da trama golpista, que resultou em 31 réus, entre eles Jair Bolsonaro (PL). Eles serão julgados.

      No dia em que os bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, Torres estava nos Estados Unidos, o que fez Oliveira ter ficado responsável pela pasta. "Por ter deixado de adotar, na qualidade de secretário executivo da Segurança Pública do Distrito Federal e responsável, de fato e de direito, pela condução da segurança pública local no período que antecedeu os eventos de 8 de janeiro de 2023", informou a corregedoria. 

      Segundo a instituição, o delegado recebeu alertas de "ações violentas" que poderiam acontecer no dia dos atos golpistas. "[Por não ter tomado] Providências minimamente diligentes e compatíveis com os alertas de inteligência que recebeu, os quais indicavam, com grau significativo de precisão, a iminência de ações violentas contra prédios públicos da capital federal".

      Confira a lista dos outros réus do núcleo 2 do plano golpista: 

      • Mário Fernandes, general da reserva do Exército
      • Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro 
      • Filipe Martins, ex-assessor de assuntos internacionais do governo Bolsonaro 
      • Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal
      • Marília de Alencar, ex-subsecretária da Segurança do DF 

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