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PDT do Senado diverge da bancada da sigla na Câmara e afirma que vai continuar na base de Lula

Deputados da legenda haviam anunciado posição de independência em relação ao governo. Fraudes no INSS derrubaram o pedetista Carlos Lupi da Previdência

Weverton Rocha (Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil)
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247 - A bancada do PDT no Senado anunciou nesta terça-feira (6) que vai seguir apoiando o governo Lula (PT), após a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência. A decisão anunciada por senadores é diferente do posicionamento da bancada pedetista na Câmara dos Deputados, onde os integrantes da legenda anunciaram que terão uma postura de independência em relação à gestão liderada pelo PT na presidência da República.

Três senadores do PDT - Weverton Rocha (MA), líder do grupo, Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF) - representaram a posição da bancada no Senado. De acordo com o senador com mandato pelo Maranhão, "a decisão foi tomada tendo por base a afinidade da bancada com o governo tanto no projeto de desenvolvimento para o Brasil, como na maioria das pautas no Senado”. 

“A bancada do Senado respeita a posição da bancada na Câmara dos Deputados e, embora tenha um posicionamento diferente, reitera que o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas", complementou. 

Carlos Lupi deixou a pasta da Previdência em um contexto de avanço de investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social. Os desvios chegam a R$ 6,3 bilhões, de acordo com as investigações da Polícia Federal. No mês passado, o então ministro afirmou ter "safadeza de muita gente" no INSS, mas disse que o governo federal não foi omisso.

"Muitas instituições abusaram e devem pagar por isso. Os beneficiários têm que ser restituídos. Mas não pode generalizar, senão a gente instaura um tribunal de inquisição. Pode ter falhas, mas dizer que a gente não tomou iniciativa? Isso já vinha há anos e nunca foi feito”, disse Lupi, que não é formalmente investigado. 

O novo ministro da Previdência é Wolney Queiroz (PDT-PE) - ele era o secretário-executivo da pasta e exerceu seis mandatos consecutivos como deputado federal por Pernambuco desde 1995.

A PF identificou pessoas que faziam descontos diretamente da folha de pagamento de aposentados e pensionistas, que, em troca, teriam acesso a benefícios como auxílio funerário, assistência odontológica e psicológica, consultoria jurídica e academia. Mas essa parcela da população vítima das fraudes não tinha autorizado os descontos, apontaram as investigações. 

A Controladoria-Geral da União (CGU) informou que, em 19 cidades onde houve fraudes no INSS, os descontos não autorizados atingiram mais de 60% dos aposentados

Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumpriram 211 mandados de busca e apreensão e ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão. 

Além da PF e da CGU, a Advocacia-Geral da União (AGU), comandada por Jorge Messias, atua com o objetivo de reparar as vítimas das fraudes. 

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