Jorge Messias: 'não toleramos o extremismo. É crucial responsabilizar os criminosos que defendem um golpe de Estado'

247 - O advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, criticou neste sábado (1) os responsáveis pelos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes. O chefe da AGU também fez o comentário após um homem de 52 anos ser preso nesta sexta (28), em Brasília (DF), por ter tentado invadir a sede do Supremo Tribunal Federal esta semana.

“A sociedade brasileira não tolera o extremismo e busca paz, prosperidade e segurança. É crucial responsabilizar os criminosos do 8 de janeiro, tanto civil quanto criminalmente. A doença do ódio e violência política deve ser tratada. Sem Anistia! #Justiça #Paz”, afirmou na rede social X.

O Supremo Tribunal Federal já emitiu pelo menos 371 condenações de pessoas envolvidas nas manifestações terroristas em Brasília, onde os bolsonaristas invadiram o STF, o Congresso e o Planalto. Novos julgamentos acontecerão na Corte.

Sobre o homem detido esta semana em Brasília, a Polícia Civil do Distrito Federal disse que o suspeito pulou a cerca do tribunal e tentou entrar no prédio na última quarta-feira (26). O homem, que não teve o nome revelado, "proferiu diversas ameaças, ofensas e hostilizações a ministros do Supremo", apontou a investigação. "Planejava ações extremistas". 

A tentativa de ataque foi o terceiro caso do tipo em menos de 4 meses. Em novembro, Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, morreu após detonar explosivos na Praça dos Três Poderes. Em dezembro, Lucas Ribeiro Leitão foi preso no interior da Bahia. Ele estava pegando carona em um caminhão a caminho de Brasília, por suspeita de planejar ataques.

Atualmente, a Procuradoria-Geral da República investiga tentativas de golpe orquestradas por Jair Bolsonaro e seus aliados. A PGR denunciou o ex-mandatário e mais 33 pessoas por envolvimento no plano golpista. O STF analisa o caso e deve condenar o político da extrema-direita, que já está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral por conta de várias declarações contra o sistema eleitoral brasileiro.