Hugo Motta critica aumento do IOF e acusa o governo de "gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar"
Presidente da Câmara criticou medidas do Executivo para elevar arrecadação e afirmou que o país “não precisa de mais imposto, mas de menos desperdício”
247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), usou as redes sociais nesta segunda-feira (26) para criticar o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo governo federal. Em sua primeira manifestação desde a divulgação do pacote de medidas econômicas na última quinta-feira (22), Motta condenou a política de aumento de tributos como solução para o desequilíbrio fiscal e pediu mais responsabilidade na gestão de gastos públicos.
Segundo reportagem do g1, o governo apresentou na semana passada um conjunto de ações para reforçar a arrecadação e conter o déficit nas contas públicas. Entre elas, estava o aumento do IOF sobre operações de crédito. A proposta previa ainda a taxação de remessas destinadas a investimentos no exterior, mas essa parte do plano foi cancelada poucas horas depois, diante da reação negativa de agentes econômicos.
Com o recuo, a equipe econômica passou a buscar alternativas para compensar a arrecadação que deixou de ocorrer. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta segunda-feira (26) em entrevista a jornalistas após participar de evento no Rio de Janeiro promovido pelo Brasil 247, pelo BNDES e pela Agenda do Poder, que o governo tem até o fim da semana para definir como equacionar o impacto fiscal da medida retirada.
Críticas diretas ao Executivo - Hugo Motta responsabilizou o Poder Executivo pelo desequilíbrio fiscal. “Quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”, afirmou. Para ele, não cabe ao Congresso Nacional ser responsabilizado por conter gastos que foram feitos sem o devido planejamento por parte do governo. "Bom dia e boa semana! Lembrando o que disse logo que assumi: o Estado não gera riqueza - consome. E quem paga essa conta é a sociedade. A Câmara tem sido parceira do Brasil ajudando a aprovar os bons projetos que chegam do Executivo e assim continuaremos. Mas quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor. O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar. O Brasil não precisa de mais imposto. Precisa de menos desperdício. Vamos trabalhar sempre em harmonia e em defesa dos interesses do país".
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