Barroso defende o STF: democracias precisam de 'agentes públicos não eleitos'
O ministro enviou um recado para "liberais, progressistas e conservadores"
247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (3) que as democracias "precisam de agentes públicos não eleitos pelo voto popular para que permaneçam imunes às paixões políticas". "Liberais, progressistas e conservadores. Só não tem lugar para quem não aceite jogar o jogo pelas regras da democracia. O título de legitimidade desses agentes é a formação técnica e a imparcialidade na interpretação da Constituição e das leis", declarou o juiz após Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) serem eleitos presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente.
O juiz da Corte fez o comentário em um contexto no qual aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm atacado verbalmente a Corte, que deve julgar o político da extrema-direita ainda em 2025 após ser indiciado pela Polícia Federal em três inquéritos - plano golpista, fraudes em cartões de vacinação, e venda ilegal de joias. A Procuradoria-Geral da República analisa os casos e, em seguida, encaminhará as investigações.
"Aqui estamos, os presidentes dos três Poderes: o presidente Lula, que foi eleito com mais de 60 milhões de votos; o presidente Davi Alcolumbre, eleito com consagradores 73 votos entre 81 senadores; e o presidente Hugo Motta, segundo candidato mais votado na história da Câmara dos Deputados, com 444 votos entre 513. E eu mesmo, que fui eleito [presidente do STF] com 10 votos entre 11. E o voto que não foi em mim foi o meu mesmo".
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