Festival Internacional de Cinema Canábico estreia no Rio de Janeiro
Serão disponiblizados mais de 40 filmes de diversos países na primeira edição brasileira do FICC
247 - O Festival Internacional de Cinema Canábico (FICC) chega ao Brasil entre os dias 20 e 24 de outubro de 2025, transformando o Rio de Janeiro no centro do debate latino-americano sobre arte, cultura e cannabis. O evento reunirá produções de 15 países e promoverá atividades que unem audiovisual, direitos, ciência e políticas públicas, de acordo com a organização. A mostra competitiva reunirá mais de quarenta filmes de quinze países, entre ficções, documentários, animações e videoclipes.
Consolidado após cinco edições na Argentina, quatro no Uruguai e três no Chile, o FICC chega ao Brasil com a missão declarada de fomentar o diálogo entre cinema, cultura e transformação social.
O FICC ressalta a relevância da cultura como espaço de diálogo, educação e transformação social, inclusive em torno de temas considerados tabus, como o consumo de cannabis. As atividades ocuparão o Centro Cultural da UERJ (COART - com exibições 100% gratuitas), o Cinema Estação NET Rio e a Casa Apepi. Além da programação presencial, haverá exibição online, 40 filmes estarão disponíveis no streaming Bombozila.com.
Entre os longas-metragens selecionados, destacam-se:
- Os Sonhos de Pepe (Uruguai), de Pablo Trobo.
- A Planta (Brasil), de diretor Beto Brant.
- e Verano Trippin (Argentina), de Morena Fernández Quinteros.
O grande destaque desta edição é o lançamento nacional do documentário "Cheech & Chong's Last Movie" (2025), dirigido por David Bushell. A produção marca a despedida da icônica dupla de comediantes Cheech Marin e Tommy Chong, símbolos da cultura canábica mundial. A sessão única acontecerá no dia 22 de outubro, quarta-feira, às 21h, no Estação NET Rio.
Para o produtor-executivo do FICC Rio, Francisco Ferraz, a chegada do festival ao Brasil representa um marco para o circuito audiovisual e para o fortalecimento da produção independente. “A primeira edição do FICC tem o objetivo de estabelecer esse evento no calendário de festivais de cinema do Rio de Janeiro, dialogando com cineastas e artistas do Brasil e do mundo”, destaca Ferraz.
O diretor do Cannabis Monitor, Gustavo Maia, reforça o caráter educativo e cultural da iniciativa. “Queremos promover um espaço onde prevaleçam as perspectivas culturais em torno dos debates sobre a maconha e as políticas sobre drogas, que seja informativo, educativo e provocativo, gratuito, acessível e diverso, utilizando o cinema e outras formas de expressão cultural como ferramenta para novos olhares sobre o tema”, afirma.
Além das exibições, o FICC Rio 2025 promoverá uma série de mesas de debate com especialistas, ativistas e produtores culturais, abordando temas como cinema, cultura, ativismo e educação. A programação formativa incluirá oficinas de produção de conteúdo, criação de fanzines e roteiro audiovisual, além de uma masterclass com o cineasta João Amorim sobre cinema ativista. Diretor dos filmes “Chicago 10”, “2012: Tempo de Mudança” e “Utopia Tropical”. O festival também contará com um espaço literário, uma exposição de arte e uma área de experiências interativas, com jogos, quizzes e óculos de realidade virtual, convidando o público a uma imersão completa no universo cultural da cannabis.
As exibições gratuitas ocorrerão no auditório Cartola, no Centro Cultural da UERJ, no campus Maracanã. De segunda a quarta-feira, o Cinema Estação NET Rio, em Botafogo, sediará sessões especiais noturnas às 21h, com bilheteria. Na quinta-feira, a sessão noturna será realizada na Casa Apepi, sede da Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal, também em Botafogo. O encerramento, no dia 24 de outubro, contará com cerimônia de premiação, apresentações culturais com o Bloco Planta na Mente, o pocket show do rapper De Leve e festa de celebração na Praça Maracanã.


