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Festival Internacional de Cinema Canábico estreia no Rio de Janeiro

Serão disponiblizados mais de 40 filmes de diversos países na primeira edição brasileira do FICC

Festival Internacional de Cinema Canábico (FICC) - 2021 - Montevidéu, Uruguai (Foto: FICC)

247 - O Festival Internacional de Cinema Canábico (FICC) chega ao Brasil entre os dias 20 e 24 de outubro de 2025, transformando o Rio de Janeiro no centro do debate latino-americano sobre arte, cultura e cannabis. O evento reunirá produções de 15 países e promoverá atividades que unem audiovisual, direitos, ciência e políticas públicas, de acordo com a organização. A mostra competitiva reunirá mais de quarenta filmes de quinze países, entre ficções, documentários, animações e videoclipes.

Consolidado após cinco edições na Argentina, quatro no Uruguai e três no Chile, o FICC chega ao Brasil com a missão declarada de fomentar o diálogo entre cinema, cultura e transformação social.

O FICC ressalta a relevância da cultura como espaço de diálogo, educação e transformação social, inclusive em torno de temas considerados tabus, como o consumo de cannabis. As atividades ocuparão o Centro Cultural da UERJ (COART - com exibições 100% gratuitas), o Cinema Estação NET Rio e a Casa Apepi. Além da programação presencial, haverá exibição online, 40 filmes estarão disponíveis no streaming Bombozila.com.

Entre os longas-metragens selecionados, destacam-se:

  • Os Sonhos de Pepe (Uruguai), de Pablo Trobo.
  • A Planta (Brasil), de diretor Beto Brant.
  • e Verano Trippin (Argentina), de Morena Fernández Quinteros.
O grande destaque desta edição é o lançamento nacional do documentário "Cheech & Chong's Last Movie" (2025), dirigido por David Bushell. A produção marca a despedida da icônica dupla de comediantes Cheech Marin e Tommy Chong, símbolos da cultura canábica mundial. A sessão única acontecerá no dia 22 de outubro, quarta-feira, às 21h, no Estação NET Rio.

Para o produtor-executivo do FICC Rio, Francisco Ferraz, a chegada do festival ao Brasil representa um marco para o circuito audiovisual e para o fortalecimento da produção independente. “A primeira edição do FICC tem o objetivo de estabelecer esse evento no calendário de festivais de cinema do Rio de Janeiro, dialogando com cineastas e artistas do Brasil e do mundo”, destaca Ferraz.

O diretor do Cannabis Monitor, Gustavo Maia, reforça o caráter educativo e cultural da iniciativa. “Queremos promover um espaço onde prevaleçam as perspectivas culturais em torno dos debates sobre a maconha e as políticas sobre drogas, que seja informativo, educativo e provocativo, gratuito, acessível e diverso, utilizando o cinema e outras formas de expressão cultural como ferramenta para novos olhares sobre o tema”, afirma.

Além das exibições, o FICC Rio 2025 promoverá uma série de mesas de debate com especialistas, ativistas e produtores culturais, abordando temas como cinema, cultura, ativismo e educação. A programação formativa incluirá oficinas de produção de conteúdo, criação de fanzines e roteiro audiovisual, além de uma masterclass com o cineasta João Amorim sobre cinema ativista. Diretor dos filmes “Chicago 10”, “2012: Tempo de Mudança” e “Utopia Tropical”. O festival também contará com um espaço literário, uma exposição de arte e uma área de experiências interativas, com jogos, quizzes e óculos de realidade virtual, convidando o público a uma imersão completa no universo cultural da cannabis.

As exibições gratuitas ocorrerão no auditório Cartola, no Centro Cultural da UERJ, no campus Maracanã. De segunda a quarta-feira, o Cinema Estação NET Rio, em Botafogo, sediará sessões especiais noturnas às 21h, com bilheteria. Na quinta-feira, a sessão noturna será realizada na Casa Apepi, sede da Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal, também em Botafogo. O encerramento, no dia 24 de outubro, contará com cerimônia de premiação, apresentações culturais com o Bloco Planta na Mente, o pocket show do rapper De Leve e festa de celebração na Praça Maracanã.

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