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      União Brasil acelera saída do governo após críticas de Lula

      Partido antecipa decisão e deve oficializar entrega de cargos na gestão federal na próxima semana

      Lula, na abertura da reunião ministerial (Foto: Ricardo Stuckert)
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      247 - O União Brasil decidiu antecipar a definição sobre sua permanência no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a Executiva Nacional da sigla marcou para a próxima terça-feira (2) uma reunião em que deve ser aprovada a entrega dos cargos ocupados por seus indicados na administração federal.

      O movimento ganhou força após declarações de Lula em reunião ministerial realizada na terça-feira (26). O presidente criticou os ministros Celso Sabino (Turismo), do União Brasil, e André Fufuca (Esporte), do PP, cobrando maior apoio à sua gestão. Durante o encontro, Lula ainda afirmou que não tinha apreço pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda.

      A fala do chefe do Executivo foi considerada decisiva para acelerar o processo. O vice-presidente do União, ACM Neto, confirmou a insatisfação do partido. “Diante das declarações de ontem do presidente Lula, consideramos que ficou mais urgente resolver essa situação de forma definitiva. Não dá mais para esperar”, disse ACM Neto, de acordo com a reportagem. 

      Inicialmente, a expectativa era que a decisão fosse tomada apenas no fim do ano, após a aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da federação entre União Brasil e PP, anunciada na semana passada. No entanto, lideranças partidárias afirmam que “os fatos se impuseram” e a tendência é pela saída imediata do governo.

      Com a provável decisão, Celso Sabino e outros ocupantes de cargos de segundo escalão indicados pelo União Brasil deverão deixar seus postos, sob risco de sanções internas. A diretriz, porém, não atinge Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), ambos ligados ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mas que não são filiados ao partido.

      Além disso, o partido optou por conduzir sua decisão sem depender do PP, seu parceiro na federação. Uma fonte da cúpula negou a versão de que a permanência dos ministros estaria condicionada à entrega do comando da Caixa Econômica Federal, atualmente ocupada por indicação do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

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