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"Ótimo, desde que não se fale em anistia a mandantes", diz Jaques Wagner sobre novo PL que alivia penas de envolvidos no 8/1

Segundo o líder do governo no Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre buscam "distensionar" a relação do Congresso com o STF por meio do novo projeto

Jaques Wagner (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), elogiou nesta terça-feira (29) um eventual projeto de lei (PL) visando aliviar as penas de bolsonaristas condenados por envolvimento no 8 de Janeiro, desde que não se aprove uma anistia aos líderes dos ataques antidemocráticos. 

"Eu acho ótimo, desde que não se fale em anistia para mandantes e financiadores do crime. E não estou olhando para o Bolsonaro, que já está inelegível e, se depender de mim, pode ser candidato porque não me incomoda", disse Wagner à Folhapress. 

Wagner vê nas articulações dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma preocupação em "distensionar" a relação do Congresso com o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também negou envolvimento do governo nas negociações e afirmou desconhecer "o texto do eventual projeto que esteja por vir".

"O Planalto não está à frente do assunto. A posição --não diria nem que é Planalto, mas de quem zela pela democracia-- é de não concordar com uma anistia. Quem está pressionado? O Parlamento, para votar a anistia. E a votação é para comprar uma briga com o STF, não com o Planalto. Não é o Planalto quem está condenando ninguém". 

As declarações ocorrem em meio à expectativa de que  Alcolumbre apresente, em maio, o projeto de lei que vem sendo tratado como alternativa ao PL da Anistia.

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