Celso Sabino desafia União Brasil e afirma que fica no governo Lula
Em meio a bons resultados do turismo no Brasil, ministro diz que seu partido tomou "decisões equivocadas"
247 - O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nesta quarta-feira (8) que decidiu permanecer no governo federal, mesmo diante das pressões de seu partido, o União Brasil, que exigia a entrega dos cargos ocupados por filiados na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A informação foi divulgada pela CNN Brasil, que acompanhou a fala do ministro. Segundo Sabino, sua permanência está ligada ao compromisso com o desenvolvimento do turismo nacional e ao papel estratégico do Pará, que sediará a COP30, conferência climática da ONU marcada para 2025.
“Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todo o país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará, pela realização da COP30, eu vou permanecer no governo”, afirmou o ministro em conversa com jornalistas.
Pressão do união brasil
A decisão de Sabino ocorre em meio a uma crise interna no União Brasil. A legenda havia estipulado um prazo de 24 horas para que seus filiados que ocupam cargos no governo federal entregassem os postos, sob pena de serem enquadrados por infidelidade partidária.
Processo de expulsão
A Executiva Nacional do partido se reúne ainda nesta manhã para avaliar se mantém Sabino em seus quadros ou se aprova a sua expulsão. O parecer sobre o caso é do Deputado Fabio Schiochet (União-SC), relator do processo disciplinar aberto contra o ministro do Turismo. O processo, segundo o g1, pode levar até dois meses. O impasse surgiu após o ministro descumprir a determinação da legenda de deixar o governo do presidente Lula.
O processo foi instaurado em 30 de setembro, após denúncia de correligionários que acusam Sabino de ignorar o prazo de 24 horas para a entrega do cargo.