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Expulsão de Celso Sabino do União Brasil pode levar até dois meses

Ministro do Turismo não deixou governo Lula após ultimato e enfrenta processo disciplinar dentro do União Brasil

Celso Sabino (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

247 - A Executiva Nacional do União Brasil se reuniu nesta quarta-feira (8) para avaliar o parecer do deputado Fabio Schiochet (União-SC), relator do processo disciplinar aberto contra o ministro do Turismo, Celso Sabino. O processo, segundo o g1, pode levar até dois meses. O impasse surgiu após o ministro descumprir a determinação da legenda de deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O processo foi instaurado em 30 de setembro, após denúncia de correligionários que acusam Sabino de ignorar o ultimato do partido, que havia dado prazo de 24 horas para a entrega dos cargos ocupados pela sigla no governo federal.

Relator evita expulsão sumária e abre processo formal

Embora parte da cúpula do União Brasil defendesse a expulsão imediata de Celso Sabino, o relator Fabio Schiochet optou por instaurar um processo regular de desfiliação, garantindo ao ministro o direito de defesa. Como medida inicial, Sabino perdeu o comando da legenda no Pará.

Na avaliação de Schiochet, uma expulsão sumária poderia abrir brechas jurídicas e gerar instabilidade no partido. Apesar disso, ele destacou que o tempo do processo não altera o mérito: a acusação de desrespeito às diretrizes internas.

Sabino anunciou saída, mas permaneceu no ministério

No dia 26 de setembro, Celso Sabino chegou a afirmar que havia pedido demissão do cargo, sinalizando obediência à determinação partidária. Contudo, passados dez dias do anúncio, ele continuava à frente do Ministério do Turismo. O ministro argumentou que desejava permanecer até a COP 30, em novembro, no Pará, seu reduto político. Ele também acompanharia Lula em entregas relacionadas ao evento climático internacional.

Cresce pressão dentro do partido pela saída do ministro

A permanência de Sabino no governo intensificou a pressão interna. Parte da Executiva esperava sua saída até a última terça-feira (7), o que não ocorreu. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, uma das principais vozes da legenda, cobrou publicamente a saída do ministro. Em entrevista ao g1, ele afirmou que : “a posição de Celso Sabino é insustentável. O partido tomou uma decisão e ela deve ser respeitada”.

Decisão pode se estender por até 60 dias

O processo disciplinar contra Sabino pode se prolongar por dois meses, estendendo a crise no União Brasil. A demora tende a manter o impasse até a COP 30, evento considerado estratégico pelo ministro, enquanto a legenda busca preservar sua unidade em meio às disputas internas.

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