Febraban manifesta apoio à ofensiva do BC contra contas ilegais
Entidade vê regras do BC e do CMN como resposta firme a “contas-bolsão”, aluguel de contas e apostas ilegais
247 - A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) manifestou “apoio irrestrito” ao pacote do Banco Central (BC) que endurece o combate a contas usadas em fraudes e no escoamento de recursos do crime organizado, anunciado na segunda-feira (3). Para a entidade, as medidas representam “resposta mais firme e estratégica” para blindar o sistema financeiro de golpes, fraudes e ataques cibernéticos.
A informação foi publicada pela Broadcast nesta segunda-feira (3), em seu primeiro registro público sobre as novas regras. Segundo a plataforma, o posicionamento da Febraban foi obtido em primeira mão e credita os avanços a “diálogos contínuos” com o regulador.
Entre as diretrizes, BC e Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceram normas para coibir as chamadas “contas-bolsão” — estruturas que reúnem, em um único cadastro, recursos de vários clientes e vinham sendo exploradas para ocultar movimentações irregulares. A Febraban destacou que, ao determinar o encerramento compulsório desse tipo de conta, o BC “reequilibra pilares do Sistema Financeiro, ao priorizar a segurança e o combate a práticas nefastas, como o aluguel de contas e o uso de contas bolsão, de contas frias e de outras que sequer poderiam ser abertas, como de bets ilegais”.
No comunicado, a federação elogia a postura “assertiva” do regulador e afirma que os bancos passam a operar sob um marco regulatório “mais robusto”, alinhado à autorregulação do setor. A entidade também lembrou que, na semana anterior à decisão, anunciara um conjunto normativo próprio para desestimular “contas laranjas” e o relacionamento com casas de aposta irregulares.
Para a Febraban, as novas normas representam um avanço estrutural rumo a um ambiente “mais seguro e confiável”. Em tom de compromisso setorial, a entidade afirmou: “A Febraban reafirma seu compromisso de atuar de forma colaborativa e proativa com o Banco Central e demais autoridades, com o objetivo inequívoco de proteger os clientes, preservar a integridade do setor e fortalecer, de maneira inabalável, a confiança que a sociedade, de há muito, já deposita no sistema bancário brasileiro”.


