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União Europeia não garante vitória militar da Ucrânia, diz Jeffrey Sachs

Economista norte-americano afirma que Reino Unido, França, Alemanha e Polônia, apelidados de “quatro mosqueteiros”, não conseguirão derrotar a Rússia

(Foto: .REUTERS/Max Rossi)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – Em entrevista concedida à agência russa TASS neste sábado (31), o economista norte-americano Jeffrey Sachs, professor da Universidade Columbia e diretor do Centro para o Desenvolvimento Sustentável, afirmou que os principais países europeus engajados no apoio militar à Ucrânia não têm condições de garantir uma vitória contra a Rússia no conflito em curso.

“O Reino Unido, a França, a Alemanha e a Polônia — os chamados quatro mosqueteiros — estão assumindo uma retórica beligerante. Dizem que é preciso continuar, que é preciso se rearmar, que nunca se deve render ou comprometer. Eles estão, na verdade, liderando esse discurso”, declarou Sachs à TASS. “Mas será que conseguem cumprir essas palavras com ajuda militar real à Ucrânia? Não, nesse sentido, não. Eles não conseguem assegurar essa vitória militar da Ucrânia. Isso é certo.”

Sachs destacou ainda que, mesmo quando contavam com o apoio pleno dos Estados Unidos, os países europeus não conseguiram alcançar seus objetivos no campo de batalha. “E os EUA não vão continuar consistentemente do lado do esforço militar anti-Rússia”, completou.

As declarações do economista reforçam uma percepção cada vez mais comum entre analistas internacionais: a de que a guerra na Ucrânia caminha para um impasse duradouro, em que nem o apoio ocidental consegue alterar substancialmente o equilíbrio de forças. A fala de Sachs também representa uma crítica direta à postura dos principais países europeus, que, segundo ele, adotam uma retórica agressiva sem ter meios práticos para sustentá-la.

Jeffrey Sachs é conhecido por seu trabalho em políticas públicas globais e já atuou como conselheiro de organizações multilaterais como a ONU. Suas posições sobre a guerra na Ucrânia têm gerado controvérsia, por frequentemente desafiarem a narrativa predominante no Ocidente sobre o papel da OTAN e da Rússia no conflito.

A entrevista foi publicada pela agência estatal russa TASS e repercute no contexto do prolongamento da guerra, da escalada de gastos militares na Europa e da crescente pressão sobre governos ocidentais para apresentar soluções diplomáticas.

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