Trump pode se encontrar com Xi e Putin durante parada militar na China
Pequim estuda reunir líderes de China, Rússia e EUA em setembro, segundo o jornal The Times
247 - Um eventual encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, está sendo cogitado para setembro, durante as celebrações do 80º aniversário da vitória contra o Japão na Segunda Guerra Mundial. A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Times nesta sexta-feira (18).
Segundo a publicação, a China planeja uma parada militar em Pequim no mês de setembro para marcar a data, e o presidente russo já confirmou presença. Diante disso, analistas e setores da opinião pública chinesa passaram a pressionar o governo Xi para aproveitar a ocasião e promover uma cúpula trilateral com os Estados Unidos e a Rússia.
A proposta ganhou força após declarações do professor Jin Canrong, da Universidade Renmin da China, ao portal Guancha. “Por que não alinhar a visita de Trump com a comemoração de 3 de setembro?”, questionou. “Se os líderes da China, dos EUA e da Rússia estivessem juntos durante a parada militar, seria um sinal extremamente positivo para o mundo”, acrescentou Jin.
China não nega convite a Trump
De acordo com o The Times, o governo chinês tem alimentado especulações sobre o tema ao evitar desmentir uma reportagem da agência japonesa Kyodo News, que afirmou no mês passado que Trump já teria sido convidado para o evento. Ainda não há confirmação oficial por parte de Washington.
Durante a Segunda Guerra Mundial, China, Estados Unidos e União Soviética formaram uma aliança contra o Japão imperial. O aniversário da vitória, portanto, serve como oportunidade simbólica para uma aproximação entre os três países — ainda que, nos últimos anos, as relações entre eles tenham se deteriorado.
Tentativas de reaproximação em meio a tensões
Apesar da escalada de tensões envolvendo acusações de ciberataques chineses e deslealdade comercial, Trump, em seu segundo mandato iniciado em janeiro de 2025, tem adotado uma postura mais conciliadora com Moscou e tenta intermediar um cessar-fogo na guerra na Ucrânia.
No entanto, o presidente norte-americano demonstrou frustração com a lentidão das negociações e ameaçou impor tarifas secundárias de 100% a países que mantêm relações comerciais com a Rússia caso o conflito não tenha fim em 50 dias.
Com a China, Trump também travou uma nova guerra comercial este ano, que abalou os mercados globais. Em seu auge, os EUA aplicaram tarifas de 145% sobre produtos chineses, recebendo como resposta tributos de 125% por parte de Pequim. A tensão diminuiu apenas recentemente, com a assinatura de um acordo que flexibilizou as exportações chinesas de terras raras, insumos estratégicos para diversas indústrias tecnológicas.
(Com informações da agência RT)
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