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      Alemanha pagará por novos mísseis Patriot dos EUA enviados à Ucrânia, diz general da Otan

      Entrega ocorrerá “o mais rápido possível”, segundo o comandante Alexus Grynkewich; Rússia diz que envio apenas prolonga o conflito

      Comandante militar da OTAN na Europa, o general americano Alexus Grynkewich, no prédio do Pentágono, em Washington, nos EUA - 17/03/2025 (Foto: Divulgação/Departamento de Defesa dos EUA)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A entrega de novos sistemas antimísseis Patriot, fabricados pelos Estados Unidos, para a Ucrânia ocorrerá “o mais rápido possível”, afirmou o general norte-americano Alexus Grynkewich, principal comandante militar da Otan na Europa. A declaração foi publicada pela agência Reuters nesta quinta-feira (17), que também informou que a Alemanha arcará com os custos do envio.

      Segundo a reportagem, a decisão de envio foi selada após um acordo entre Washington e Berlim firmado no início da semana. Embora não tenham sido divulgados detalhes logísticos, Grynkewich garantiu que haverá “muito mais por vir”, sem especificar o número de baterias ou a origem dos equipamentos.

      A Alemanha, que atualmente possui apenas seis sistemas Patriot em operação, se comprometeu a financiar a entrega, mas ainda não está claro se os equipamentos serão repassados de seu próprio estoque ou fornecidos por terceiros. O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, declarou na segunda-feira, após reunião com o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, que os detalhes finais podem ser fechados “em dias ou semanas”, mas a chegada efetiva dos sistemas em solo ucraniano poderá demorar alguns meses.

      Pressão de Zelensky e crítica da Rússia

      O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, tem insistido junto aos países ocidentais pela ampliação do fornecimento de unidades do sistema Patriot, diante da intensificação dos ataques russos. Moscou, por sua vez, contesta a eficácia da ajuda militar. O governo russo afirma ter destruído alguns desses sistemas desde 2022 e sustenta que novos envios não alteram o desfecho da guerra, apenas “prolongam o derramamento de sangue”.

      O Kremlin também reagiu com críticas à postura do presidente dos EUA, Donald Trump, que recentemente intensificou sua retórica contra Vladimir Putin, acusando o líder russo de se recusar a encerrar o conflito. Em resposta, o porta-voz Dmitry Peskov avaliou que a remessa de novos armamentos será vista por Kiev como um incentivo à continuidade da guerra.

      A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também fez duras declarações nesta semana. Para ela, países europeus que financiam o envio de armas à Ucrânia estão, na prática, “financiando a morte” do próprio país.

      Encontro entre aliados ocidentais

      De acordo com uma fonte citada pela Reuters sob anonimato, está prevista uma reunião entre vários países do Ocidente na próxima quarta-feira para discutir como garantir o fornecimento de baterias adicionais do sistema Patriot à Ucrânia.

      (Com informações da agência RT)

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