Trump considera isentar Austrália de tarifas sobre aço e alumínio, diz primeiro-ministro

REUTERS - O presidente dos EUA, Donald Trump, concordou em considerar a isenção da Austrália de suas tarifas sobre aço e alumínio, disse o primeiro-ministro Anthony Albanese nesta terça-feira, após o que ele chamou de uma ligação telefônica construtiva com Trump.

Trump anunciou no domingo que introduzirá novas tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA, além das tarifas já existentes sobre metais, em mais uma grande escalada de sua reformulação da política comercial.

"Apresentei o caso da Austrália para uma isenção, e concordamos com uma redação para anunciar publicamente, que é que o presidente dos EUA concordou que uma isenção está sendo considerada", disse Albanese a jornalistas.

"Mas continuaremos engajados de forma bastante clara e construtiva... foi novamente uma conversa muito construtiva e calorosa com o presidente Trump."

A conversa de Albanese com Trump ocorreu um dia depois de o ministro do Comércio da Austrália afirmar que as exportações australianas de aço e alumínio para os EUA geram "empregos bem remunerados para os americanos" e são fundamentais para os interesses de defesa compartilhados.

Albanese disse que continua confiante de que um acordo pode ser alcançado com Trump. "Se olharmos para o que já conquistamos, foi um começo tremendo para o relacionamento", afirmou Albanese.

A ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, esteve presente na posse de Trump, enquanto o ministro da Defesa, Richard Marles, se reuniu com o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, em Washington na semana passada.

Marles foi o primeiro homólogo estrangeiro recebido por Hegseth desde sua confirmação no cargo.

A Austrália, um aliado-chave dos EUA em segurança no Indo-Pacífico, exportou cerca de US$ 237 milhões em produtos de aço e ferro para os EUA em 2023 e US$ 275 milhões em alumínio em 2024, segundo o banco de dados Comtrade das Nações Unidas.

O aço processado na Austrália foi comprado pelo maior construtor naval militar dos EUA, à medida que Austrália, Reino Unido e EUA – parceiros no pacto de defesa AUKUS – buscam integrar cadeias de suprimentos de defesa, afirmou o governo australiano no ano passado.