Trump apoia plano do Reino Unido para governar Gaza com Hamas desmilitarizado
Enquanto isso, Tel Aviv promove “plano de negócios” para transformar Gaza em “mina de ouro imobiliária”. Londres anuncia reconhecimento tímido da Palestina
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoiou a proposta do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair para a criação de um novo órgão de governo na Faixa de Gaza.
Enquanto isso, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, promove um “plano de negócios” para transformar Gaza em uma “mina de ouro imobiliária”, destaca reportagem do canal Press TV nesta quinta-feira (18).
Blair elaborou um plano detalhado, agora respaldado por Trump, que está em visita oficial ao Reino Unido, para criar a chamada Autoridade Internacional Transitória de Gaza (GITA, na sigla em inglês), que governaria temporariamente o enclave costeiro após a guerra genocida, antes de transferir o controle para a Autoridade Palestina (AP), liderada pelo presidente Mahmoud Abbas, informou na quinta-feira o jornal The Times of Israel.
De acordo com a proposta, seria formado um conselho internacional com 7 a 10 membros—incluindo um representante palestino, figuras da ONU e da comunidade internacional, além de membros muçulmanos com vínculos regionais—responsável por emitir decisões vinculativas e aprovar legislações.
O plano também prevê a criação de órgãos subordinados, como uma Secretaria Executiva, uma força policial civil, um conselho judicial e uma “Unidade de Preservação de Direitos de Propriedade” para salvaguardar a posse de terras e o direito de retorno.
Além disso, o projeto contempla ousadamente o desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR) dos combatentes do movimento de resistência palestino Hamas, que governa Gaza desde 2007, bem como a formação de uma Força Internacional de Estabilização para garantir segurança, controle de fronteiras e operações de ajuda humanitária durante a transição.
Trump no Reino Unido
Quando questionado sobre os relatos de que ele estava esperando que Trump deixasse o país antes de reconhecer formalmente um Estado palestino neste fim de semana, o pimeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse, de acordo com declarações divulgadas pela agência Reuters: "Deixei clara minha posição no final de julho quanto ao momento, que não tem nada a ver com essa visita de Estado".
O presidente Trump disse que discorda do primeiro-ministro britânico sobre o reconhecimento de um Estado palestino, falando após uma reunião bilateral nesta quinta-feira na Inglaterra.
Na quarta-feira, o jornal The Times informou que Londres pretende reconhecer a Palestina neste fim de semana, após a visita de Trump, ao país. Segundo a reportagem, Starmer fará o reconhecimento da Palestina neste fim de semana, assim que Trump concluir sua visita ao reino.
