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Steve Witkoff, emissário especial de Trump, vai a Moscou para nova reunião com Putin

O enviado especial da Casa Branca deve retomar negociações com o Kremlin

Steve Witkoff, enviado especial de Trump, e Putin, presidente russo (Foto: Gavril Grigorov/Reuters)
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247 - O enviado presidencial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, viaja ainda esta semana à Rússia para mais uma rodada de negociações com o presidente Vladimir Putin. A informação foi confirmada pela Casa Branca e noticiada pelo Financial Times, que também relatou a ausência de Witkoff e do secretário de Estado Marco Rubio nas discussões sobre a Ucrânia que estavam programadas para esta quarta-feira (23) em Londres.

De acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, o presidente dos EUA, Donald Trump, e Witkoff “queriam que todos soubessem que as negociações continuam”. Em declaração a jornalistas na terça-feira (22), Leavitt destacou o clima positivo entre as partes: “Sentimos, mais uma vez, que estamos caminhando na direção certa, e o enviado especial Steve Witkoff viajará novamente para a Rússia a fim de continuar as negociações com Vladimir Putin.”

Segundo o assessor do Kremlin, Yury Ushakov, a visita de Witkoff está confirmada, e ele reforçou que as informações divulgadas sobre o encontro são precisas. Witkoff já participou de pelo menos três reuniões anteriores com Putin, sendo considerado um dos principais articuladores do processo de reaproximação entre Moscou e Washington durante o segundo mandato de Trump.

A ausência de Witkoff e Rubio na reunião que estava progranmada para Londres marca uma inflexão na participação direta das principais figuras do governo norte-americano nas conversas com os aliados europeus e autoridades ucranianas. Segundo a porta-voz Tammy Bruce, Rubio não poderá comparecer à reunião devido a uma agenda “ocupada”. O general Keith Kellogg, outro enviado de Trump, representará Washington nas tratativas com Kiev.

O Washington Post informou que as propostas norte-americanas podem incluir o reconhecimento formal da Crimeia como parte da Rússia e a suspensão de sanções contra Moscou. Já o Financial Times afirmou que o Kremlin estaria disposto a interromper as hostilidades nas linhas de frente atuais.

Diante da intensa circulação de informações, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou para o risco de desinformação: “Muitas falsificações estão sendo publicadas agora, inclusive por publicações respeitadas”, disse, pedindo que o público confie apenas em canais oficiais para acompanhar os desdobramentos das negociações.

A Rússia insiste que qualquer pacto de paz deve levar em conta as causas estruturais do conflito, como a expansão da OTAN para o leste e a tentativa da Ucrânia de se juntar à aliança. Moscou também exige o reconhecimento de sua soberania não só sobre a Crimeia, mas também sobre as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye.

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