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      Rússia e China se opõem a sanções "discriminatórias" no comércio global, diz Putin

      Putin e Xi declararam uma parceria estratégica "sem limites" em 2022. Os dois se encontraram mais de 40 vezes na última década

      Presidente da China, Xi Jinping, conversa com o presidente russo, Vladimir Putin (Foto: Reprodução/Telegram SputnikBrasil)
      Redação Brasil 247 avatar
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      PEQUIM (Reuters) - Rússia e China se opõem às sanções "discriminatórias" no comércio global que impedem o desenvolvimento socioeconômico do mundo, disse o presidente russo, Vladimir Putin, em entrevista por escrito à agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

      Os dois países continuarão a trabalhar para reduzir as barreiras comerciais mútuas, disse Putin na entrevista publicada no sábado (horário local), às vésperas de uma visita do líder russo ao maior parceiro comercial da Rússia.

      Putin estará na China de domingo a quarta-feira, em uma visita de quatro dias que o Kremlin chamou de "sem precedentes".

      O presidente russo participará primeiro da cúpula de dois dias da Organização de Cooperação de Xangai, na cidade portuária de Tianjin, no norte do país. Em seguida, Putin viajará para Pequim para manter conversações com o presidente chinês, Xi Jinping, e assistir a um grande desfile militar chinês que marca o fim da Segunda Guerra Mundial após a rendição formal do Japão.

      "Em resumo, a cooperação econômica, o comércio e a colaboração industrial entre nossos países estão avançando em várias áreas", disse Putin.

      "Durante minha próxima visita, certamente discutiremos outras perspectivas de cooperação mutuamente benéfica e novas medidas para intensificá-la em benefício dos povos da Rússia e da China."

      A visita à China - a primeira de Putin desde maio do ano passado - ocorre no momento em que ele busca reverter a desaceleração do comércio bilateral, enquanto a guerra da Rússia na Ucrânia continua, apesar de uma recente cúpula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Alasca.

      Quando as nações ocidentais cortaram os laços com a Rússia após a invasão da Ucrânia por Moscou em fevereiro de 2022, a China veio em seu socorro, comprando petróleo russo e vendendo produtos de carros a eletrônicos que levaram o comércio bilateral a um recorde de US$245 bilhões em 2024.

      Putin e Xi declararam uma parceria estratégica "sem limites" em 2022. Os dois se encontraram mais de 40 vezes na última década.

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