"Profundamente preocupado", diz Xi Jinping sobre "escalada repentina" no Oriente Médio

247 - Em declaração pública nesta terça-feira (17), o presidente da China, Xi Jinping, fez um forte apelo à contenção e à busca por soluções diplomáticas diante do agravamento do conflito no Oriente Médio. A fala ocorreu durante encontro com o presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, em Astana, capital do Cazaquistão, à margem da segunda Cúpula China-Ásia Central, informa a agência Xinhua.

Xi expressou profunda preocupação com a recente intensificação das tensões na região, especialmente após a operação militar conduzida por Israel contra o Irã. Segundo ele, a escalada foi “repentina” e coloca em risco a segurança regional e os interesses da comunidade internacional.

"A China está profundamente preocupada com a escalada repentina das tensões no Oriente Médio provocada pela operação militar de Israel contra o Irã”, afirmou o líder chinês, que também é um dos principais aliados diplomáticos e econômicos de Teerã.

Durante o encontro bilateral com Mirziyoyev, Xi defendeu que a soberania, a segurança e a integridade territorial dos países devem ser respeitadas por todos os envolvidos. “A China se opõe a qualquer ato que infrinja a soberania, a segurança e a integridade territorial de outros países”, declarou.

Xi Jinping também ressaltou que os conflitos armados não oferecem soluções duradouras. Em sua avaliação, o prolongamento das hostilidades representa uma ameaça aos interesses comuns da comunidade internacional.

“O conflito militar não é um meio para resolver os problemas, e a intensificação das tensões regionais não está de acordo com os interesses compartilhados da comunidade internacional”, reforçou.

Diante desse cenário, o presidente da China conclamou todos os envolvidos a atuarem de maneira responsável para evitar o agravamento da situação e propôs a cooperação internacional como saída para restaurar a paz e a estabilidade no Oriente Médio.

“A China está disposta a trabalhar com todas as partes para desempenhar um papel construtivo na restauração da paz e da estabilidade na região”, completou.