Perdas da União Europeia com fim de cooperação com a Rússia superam 1 trilhão de euros, afirma diplomata russo
Segundo o vice-ministro Alexander Grushko, Europa paga preço alto por restringir relações econômicas com Moscou
247 - As perdas econômicas acumuladas pela União Europeia desde o rompimento da cooperação energética e comercial com a Rússia ultrapassam a marca de 1 trilhão de euros. A estimativa foi apresentada pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, em entrevista publicada pelo jornal Izvestia.
De acordo com Grushko, os prejuízos decorrem não apenas do colapso na parceria energética, mas também da forte retração nas trocas comerciais entre Moscou e os países do bloco europeu. “Há estimativas diferentes. Se considerarmos a maioria dos especialistas, o total chega a mais de um trilhão de euros, considerando as perdas com o término da cooperação energética com a Rússia e a redução do comércio”, afirmou o diplomata.
Para ilustrar a queda vertiginosa nas transações comerciais, Grushko lembrou que em 2013 o volume de comércio entre a Rússia e a UE era de 417 bilhões de euros. “No ano passado foi de 60 bilhões de euros e agora está praticamente se aproximando de zero. Isso é lucro perdido”, declarou.
A deterioração das relações entre Moscou e Bruxelas se acentuou após o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em 2022, quando a UE adotou uma série de sanções contra o país e buscou reduzir drasticamente sua dependência energética do gás e do petróleo russos.
Grushko também destacou o impacto direto dessa ruptura no custo da energia no continente europeu.
A entrevista de Grushko é parte de um movimento mais amplo de autoridades russas para sublinhar os efeitos negativos das sanções e da reconfiguração geopolítica iniciada nos últimos anos, particularmente no que diz respeito ao eixo euro-asiático de comércio e energia.
Enquanto isso, a Rússia tem reforçado suas parcerias com países da Ásia, Oriente Médio, América Latina e com o grupo BRICS, num esforço para contornar os efeitos das sanções ocidentais e redefinir seu papel no sistema econômico global.
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