Nova geração de mísseis iranianos ainda não foi utilizada na guerra contra Israel
Mesmo sem utilizar seus armamentos mais avançados, Irã expõe falhas dos sistemas de defesa de Israel
247 – Desde o dia 13 de junho, o Oriente Médio vive uma escalada militar sem precedentes após o ataque do regime de Israel contra alvos iranianos, incluindo instalações nucleares, bases militares e zonas residenciais. A investida, caracterizada como "não provocada" pelo Irã, resultou na morte de dezenas de comandantes militares, cientistas nucleares e civis. A informação é da agência estatal iraniana Tasnim News, que detalhou a resposta militar articulada por Teerã desde então.
Em retaliação, o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC), por meio de sua Força Aeroespacial, iniciou imediatamente a chamada Operação Promessa Verdadeira III, com 13 ondas de ataques com mísseis até o dia 19 de junho. Segundo analistas militares citados pela Tasnim, a resposta iraniana expôs fragilidades profundas nas defesas israelenses, especialmente diante da ausência do uso de mísseis de nova geração, que seguem "na prateleira".
Estratégia baseada em surpresa e variedade
A análise dos especialistas militares divulgada pela agência aponta dez características principais dos ataques iranianos que contribuíram para a ineficácia das defesas israelenses, incluindo o Domo de Ferro, o Estilingue de Davi e o sistema THAAD:
- Ataques em horários irregulares – O Irã alterna entre ofensivas diurnas e noturnas, impedindo a reorganização eficiente dos comandos israelenses.
- Mistura entre alvos reais e iscas – A combinação confunde radares e operadoras de sistemas de defesa.
- Diversidade de armamentos – Balísticos, drones suicidas e mísseis de médio alcance compõem a ofensiva.
- Penetração dos sistemas modernos de defesa – Segundo o relatório, os projéteis iranianos conseguiram superar os escudos mais avançados dos EUA e de Israel.
- Frequência intermitente e aleatória – A imprevisibilidade dos lançamentos mina a capacidade de resposta do inimigo.
- Alvos variados em território ocupado – As forças iranianas atingem locais distintos, de infraestrutura militar a refinarias e centros estratégicos.
- Cobertura geográfica ampla – Os ataques não se restringem a áreas específicas, atingindo do norte ao sul da Palestina ocupada.
- Banco de dados de alvos em tempo real – A inteligência iraniana dispõe de uma lista atualizada de pontos vulneráveis e cruciais.
- Mensagem direta à população e liderança israelense – O Irã reitera que "nenhum lugar está seguro".
- Capacidade de surpresa mantida – O país afirma que ainda não utilizou novas gerações de mísseis de longo alcance, o que mantém o fator surpresa como trunfo estratégico.
Choque psicológico e desestabilização
A Tasnim relata que a estratégia iraniana visa não apenas alvos físicos, mas o equilíbrio psicológico das forças armadas israelenses. A capacidade de contornar defesas consideradas invioláveis gerou apreensão na sociedade e na cúpula militar de Israel, que agora questiona sua própria segurança.
"Os sionistas chegaram à conclusão de que nada pode garantir sua proteção", afirma o texto. Segundo a agência, o efeito das ofensivas vai além do dano material: trata-se de demonstrar a vulnerabilidade do ocupante diante de um oponente que ainda não revelou toda sua capacidade de fogo.
Novos mísseis ainda não foram utilizados
Um ponto central do relatório é a informação de que novas gerações de mísseis iranianos continuam estocadas, aguardando momento estratégico para possível uso. O Irã optou, até aqui, por uma campanha de desgaste e surpresa, demonstrando eficácia com armamentos já conhecidos, o que reforça a tese de que a escalada pode se intensificar.A Tasnim News destaca que, se mesmo sem os novos modelos o país conseguiu driblar as defesas israelenses, a utilização futura desses mísseis ainda não revelados pode redefinir o equilíbrio militar na região.
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