Irã ataca centros militares e industriais em Haifa e Tel Aviv com drones e mísseis
Ofensiva do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica intensifica confronto com Israel após operação aérea que matou militares e cientistas iranianos
247 – O Irã realizou nesta quinta-feira (19) uma nova rodada de ataques contra alvos militares e instalações industriais vinculadas à indústria de defesa nas cidades israelenses de Haifa e Tel Aviv. A informação foi divulgada pelo Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) e repercutida pela agência Sputnik International.
Segundo comunicado oficial do IRGC, “uma nova onda de ataques combinados com mísseis e drones foi iniciada, tendo como alvo centros militares e instalações industriais ligadas à indústria de defesa nas cidades de Haifa e Tel Aviv”. Ainda de acordo com o órgão militar iraniano, mais de 100 drones participaram da operação, com o objetivo de atingir os sistemas de defesa antimísseis posicionados nas duas cidades israelenses.
O IRGC também indicou que novas ações ofensivas contra infraestruturas militares e industriais israelenses estão planejadas, em resposta à escalada das hostilidades.
Escalada após ataques israelenses ao programa nuclear iraniano
A ofensiva iraniana acontece em retaliação à operação de grande escala lançada por Israel no último dia 13 de junho, denominada “Leão em Ascensão” (Rising Lion). Segundo o governo israelense, o objetivo da missão era atingir “alvos militares e instalações do programa nuclear do Irã”.
A força aérea israelense conduziu diversos bombardeios em território iraniano, inclusive na capital Teerã. Os ataques resultaram na morte de altos oficiais militares iranianos e de vários cientistas nucleares.
Horas depois da ofensiva israelense, o Irã lançou a “Operação Promessa Verdadeira 3” (True Promise 3), atacando diretamente alvos militares dentro de Israel. A nova onda de ataques nesta quinta-feira representa uma intensificação dessa operação, com foco especial em centros de produção militar israelenses.
Cenário de confrontação prolongada
A escalada das tensões entre Israel e Irã ocorre em um momento de crescente instabilidade no Oriente Médio. Desde o início do segundo mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro de 2025, observadores internacionais têm alertado para o risco de regionalização do conflito.
O uso coordenado de drones e mísseis pelo Irã marca uma mudança significativa no padrão operacional de sua defesa, sinalizando um grau de sofisticação tecnológica e de capacidade logística. Além disso, o fato de os alvos incluírem centros industriais e não apenas instalações militares puras demonstra uma tentativa de atingir a espinha dorsal da capacidade de guerra de Israel.
Enquanto isso, as autoridades israelenses ainda não divulgaram um balanço oficial dos danos causados pelos novos ataques nem suas possíveis respostas militares.
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