Mísseis iranianos transformam rotina em Tel Aviv e esvaziam ruas após ataques
Israel impõe restrições, ativa sistema de alertas e contabiliza mortos e feridos após confronto com o Irã iniciado em 13 de junho
247 - A rotina de Tel Aviv foi profundamente alterada após os ataques com mísseis lançados pelo Irã contra o território israelense. A informação foi divulgada nesta terça-feira (17) por um correspondente da agência russa Sputnik, que relatou o esvaziamento das ruas da capital econômica de Israel e as medidas restritivas impostas pelo governo após a escalada do conflito.
Desde que Israel iniciou sua ofensiva contra o Irã em 13 de junho, com a operação batizada de Leão em Ascensão, diversas limitações foram impostas à população civil. A administração israelense suspendeu parte das atividades profissionais e educacionais, proibiu aglomerações e determinou um novo esquema de funcionamento para serviços essenciais. Hospitais operam em regime especial, o transporte público foi reduzido e apenas alguns cafés permanecem em funcionamento. Apesar do cenário de tensão, ainda há registros de israelenses praticando atividades físicas ao ar livre.
Nos primeiros momentos após os bombardeios, conforme a reportagem, a população protagonizou uma corrida aos supermercados em busca de itens básicos, como água, pão e alimentos não perecíveis. De acordo com a Sputnik, o abastecimento nos estabelecimentos já foi normalizado.
Em resposta à ofensiva de Israel, o Irã lançou a operação Verdadeira Promessa 3, ainda na noite do dia 13 de junho, atingindo instalações militares em solo israelense. Segundo as autoridades de Teerã, o contra-ataque foi direcionado a alvos estratégicos em território inimigo.
Israel, por sua vez, ativou um novo sistema de alerta à população, estruturado em três fases. O primeiro aviso ocorre quando há detecção de preparativos de lançamento de mísseis no Irã. O segundo é emitido assim que o projétil é lançado, oferecendo uma janela de 5 a 8 minutos para que civis busquem abrigo. O terceiro e último alerta é a tradicional sirene de ataque aéreo, acionada entre 60 e 90 segundos antes do impacto estimado.
O governo israelense afirma que os mísseis iranianos já mataram mais de 20 pessoas e deixaram mais de 600 feridos. Em contrapartida, o Irã sustenta que os bombardeios israelenses causaram a morte de mais de 220 pessoas e feriram cerca de 1.200. A ofensiva de Israel, segundo o próprio governo, teve como alvos oficiais militares de alta patente e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, inclusive na capital, Teerã.
Desde o início da operação, aproximadamente 400 mísseis e centenas de drones foram lançados pelo Irã contra o território israelense. O governo local confirmou que mais de 2.700 cidadãos precisaram ser evacuados de suas residências por razões de segurança.
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