Irã diz que todo o território da 'Palestina ocupada por Israel' está sob a mira de mísseis
Em resposta ao assassinato de comandantes militares e civis por Israel, Irã intensifica operação com drones e mísseis, atingindo mais de 500 alvos
247 – Todo o território da "Palestina ocupada por Israel" está sob ataque de mísseis e drones iranianos, segundo declaração oficial do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) durante a intensificação da Operação Promessa Verdadeira III. A nova ofensiva, iniciada na noite de segunda-feira (17), marca a nona fase da operação retaliatória do Irã. As informações foram publicadas pela agência estatal iraniana Tasnim News.
As sirenes de alerta soaram em diferentes partes das regiões ocupadas — norte, centro e sul — pouco depois do início dos ataques. O Irã lançou uma nova leva de mísseis e veículos aéreos não tripulados após o bombardeio israelense a um edifício da emissora pública IRIB, no norte do Irã, ação que Teerã classificou como crime de guerra.
O porta-voz do IRGC afirmou que esta fase da operação será “híbrida”, com o uso simultâneo de drones e mísseis, e que os ataques continuarão até o amanhecer. Segundo ele, a divisão aeroespacial dos Guardiões da Revolução já atingiu 545 alvos militares israelenses nos últimos três dias.
Imagens vazadas nas redes sociais mostram moradores dos assentamentos israelenses correndo para abrigos subterrâneos em meio ao som de explosões. Algumas câmeras de tráfego teriam sido desligadas em todo o território ocupado, segundo relatos, e o governo israelense teria proibido a transmissão ao vivo da operação iraniana, bem como a divulgação de imagens dos ataques, temendo o impacto na opinião pública.
Um incidente chamou atenção nas redes: um míssil interceptor israelense teria falhado e caído ao solo antes mesmo de os projéteis iranianos atingirem Tel Aviv.
Na véspera dos ataques, as Forças Armadas iranianas divulgaram um alerta contundente aos colonos israelenses. O coronel Reza Sayyad, porta-voz do Centro de Comunicações das Forças Armadas do Irã, declarou: "Deixem os territórios ocupados. Deixar esta terra ocupada é a única maneira de preservar suas vidas". Ele classificou as ações de Israel como agressões criminosas e avisou que a resposta de Teerã será "arrasadora".
A operação é uma reação direta ao ataque israelense da sexta-feira anterior, que resultou na morte de importantes figuras iranianas, entre elas:
- Major-general Mohammad Baqeri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã
- Comandante do IRGC, Hossein Salami
- Brigadeiro-general Amir Ali Hajizadeh, chefe da divisão aeroespacial
- General Gholam Ali Rashid
- Brigadeiro-general Mohammad Kazemi, chefe da Inteligência do IRGC
Também foram mortos os cientistas nucleares Dr. Fereydoon Abbasi, Dr. Mohammad Mehdi Tehranchi e Dr. Abdolhamid Minoucher, em ataques separados.
Antes do início da ofensiva iraniana, o líder supremo do Irã, aiatolá Seyed Ali Khamenei, alertou que o “regime sionista cometeu um grande erro” ao atacar áreas civis em território iraniano. Em pronunciamento televisionado, ele afirmou: "A nação iraniana não ignorará o sangue de seus mártires nem a agressão contra seu céu", prometendo uma resposta devastadora.
Com a escalada dos ataques, cresce o temor de um confronto regional de grandes proporções, em um momento já marcado por intensa instabilidade no Oriente Médio.
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