Ministro da Defesa de Israel aprova plano para ocupação da Cidade de Gaza
A ofensiva, segundo autoridades militares, pode se estender por semanas e mobilizará 50 mil reservistas
247 - O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, aprovou o plano militar para ocupar a Cidade de Gaza, escalando ainda mais o genocídioi que já dura 684 dias. Segundo o jornal Haaretz, a operação recebeu o nome de “Carruagens de Gideão II” e prevê a convocação de 50 mil reservistas, que devem ser mobilizados a partir de setembro. A ofensiva, segundo autoridades militares, pode se estender por semanas.
Mortes em Gaza e apelo das famílias de reféns
De acordo com fontes médicas locais, pelo menos 31 palestinos morreram desde a meia-noite da terça-feira (19), em ataques israelenses contra a Cidade de Gaza, Nuseirat e Khan Yunis. Entre as vítimas, estão crianças e um bebê de apenas três meses. O Hospital Al-Awda informou ainda que oito pessoas foram atingidas enquanto buscavam ajuda no chamado Corredor Netzarim.
Em meio à escalada militar, famílias de prisioneiros israelenses exigem garantias de segurança antes da invasão da Cidade de Gaza. Elas pedem que a operação não repita o episódio de 2024, quando seis prisioneiros foram mortos em Rafah durante ações das do exército israelense. Em nota, os familiares afirmam que aprovar a ofensiva enquanto há uma proposta de cessar-fogo em negociação "é uma facada no coração das famílias".
Repercussão internacional
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, minimizou críticas pessoais feitas por Netanyahu, ressaltando que mantém uma postura de respeito com líderes estrangeiros. A tensão diplomática entre os dois países se intensificou após a Austrália reconhecer, ainda que de forma condicional, um Estado palestino na ONU.
Na Alemanha, uma pesquisa do instituto YouGov mostrou que 65% da população apoia a decisão do chanceler Friedrich Merz de suspender parcialmente as exportações de armas para Israel, especialmente aquelas que poderiam ser usadas em Gaza.
Trump se declara "herói de guerra"
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista ao programa Mark Levin Show que foi responsável pela libertação de prisioneiros israelenses e se autodeclarou “herói de guerra” ao lado de Netanyahu.
Trump também elogiou Netanyahu, a quem chamou de “bom homem” e “herói de guerra”. “Ele está lutando, e ainda querem colocá-lo na prisão. Nós trabalhamos juntos. Ele é um herói de guerra. Acho que eu também sou”, declarou.
Trump ainda voltou a afirmar que é necessário derrotar o Hamas e que Israel “vai ter que lutar com todas as forças”.