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      Aliados de Netanyahu intensificam ataques ao chefe do Exército em meio a disputa sobre Gaza

      Conflito entre governo e comando militar de Israel cresce após críticas à estratégia de invasão e indicações de oficiais

      Benjamin Netanyahu (Foto: Ohad Zwigenberg/Pool via Reuters)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O impasse entre líderes políticos e militares de Israel ganhou um novo capítulo com ataques diretos ao chefe das Forças de Defesa, Eyal Zamir, por parte de integrantes do governo de extrema-direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Segundo reportagem do Financial Times, dois ministros criticaram publicamente o comandante — um deles chegou a pedir sua demissão — aprofundando a crise que expõe divergências sobre a condução do genocídio na Faixa de Gaza.

      Nos últimos dias, a tensão aumentou devido ao plano de Netanyahu de assumir o controle total do enclave, medida que altos oficiais avaliam como um risco para a segurança dos reféns israelenses ainda em poder do Hamas e um fator de sobrecarga para o Exército. As divergências também se estendem a promoções dentro das Forças Armadas, que passaram a ser questionadas pelo ministro da Defesa, Israel Katz.

      Na quarta-feira (…), o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, exigiu que Netanyahu destitua Zamir, caso ele não substitua imediatamente o que chamou de “colmeia política de extrema-esquerda” entre seus assessores. “Quando você vê quem são as pessoas próximas ao chefe do Estado-Maior, entende por que ele se coloca contra o nosso plano de ocupar Gaza”, afirmou Ben-Gvir em nota.

      O ministro Katz, por sua vez, acusou o comandante de propor nomeações sem seguir o protocolo, causando “prejuízos desnecessários”. “A tentativa agora de mudar os procedimentos que temos seguido, talvez com o conselho de consultores anti-governo, não vai funcionar”, disse.

      A disputa veio à tona na semana passada, quando Netanyahu ordenou que as forças armadas se preparassem para invadir a Cidade de Gaza, apesar da preferência militar por uma operação mais limitada. A cúpula do Exército argumenta que a estratégia do premiê poderia esgotar os recursos das tropas e colocar em risco cerca de 50 reféns — 20 deles ainda vivos, segundo estimativas.

      A crise entre governo e comando militar, agora amplificada por disputas sobre Gaza, ameaça aprofundar divisões políticas em Israel e pressionar ainda mais a gestão de Netanyahu no cenário interno e externo.

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