Megavazamento expõe 183 milhões de senhas do Gmail e outros provedores
Especialista em cibersegurança alerta para risco de ataques em cadeia e recomenda trocar senhas e ativar autenticação de dois fatores
247 - Um dos maiores vazamentos de dados da história expôs mais de 183 milhões de senhas e endereços de e-mail de usuários de provedores como Gmail, Yahoo e Outlook. O caso foi revelado nesta segunda-feira (27) pelo especialista australiano em cibersegurança Troy Hunt, criador da plataforma Have I Been Pwned, que detalhou a magnitude da violação.
Ao todo, 3,5 terabytes de dados foram comprometidos, abrangendo contas de diversos serviços online. “Todos os principais provedores têm endereços de e-mail lá. Eles vêm de todos os lugares que você possa imaginar, mas o Gmail sempre aparece em grande destaque”, declarou Hunt ao Daily Mail,de acordo com o jornal O Globo.
Como saber se sua senha foi comprometida
Os usuários podem verificar se suas contas foram afetadas acessando o site Have I Been Pwned, ferramenta que permite consultar se um e-mail foi envolvido em algum vazamento nos últimos dez anos. Caso o endereço apareça entre os comprometidos, a recomendação é alterar imediatamente a senha e ativar a autenticação de dois fatores (2FA), uma medida que reforça a segurança contra acessos não autorizados.
Hunt também alertou que senhas reaproveitadas em outros serviços — como Amazon, Netflix e eBay — podem ter sido igualmente expostas. “Os registros dos ladrões expõem as credenciais que você insere nos sites que visita e depois faz login”, afirmou o especialista, destacando que o uso da mesma senha em múltiplas plataformas amplia o risco de ataques em cadeia.
Origem e impacto do vazamento
As investigações indicam que a violação ocorreu em abril de 2025, mas só foi identificada recentemente, após cruzamento de informações com bases de dados e fóruns da dark web. Esse tipo de atraso é comum em megavazamentos, já que hackers geralmente compartilham ou vendem os dados em camadas ocultas da internet antes que especialistas consigam rastrear a origem.
O episódio reacende o debate sobre a fragilidade das senhas tradicionais e a necessidade de estratégias mais robustas de proteção digital. Especialistas recomendam o uso de gerenciadores de senhas, autenticação biométrica e 2FA para reduzir os riscos de novas exposições.


