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      Macron e Zelensky fazem apelo por garantias de segurança para a Ucrânia

      Países da “Coalizão dos Dispostos” se comprometem a reforçar a segurança na Ucrânia e esperam resposta de Trump

      Zelensky e Macron em coletiva de imprensa, Paris, 4 de setembro de 2025, foto Reuters (Foto: Reuters)

      247 - Em uma coletiva de imprensa realizada em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciaram avanços significativos na "força de reafirmação" que visa apoiar a Ucrânia em um hipotético cessar-fogo com a Rússia. A cúpula, que ocorreu na quinta-feira, 4 de setembro, reuniu representantes de 26 países, que se comprometeram a contribuir para a segurança ucraniana em terra, no mar e no ar, como parte de um esforço internacional coordenado.

      De acordo com Macron, os países participantes, principalmente da Europa, se comprometeram a enviar tropas ou a manter presença militar na Ucrânia, a fim de garantir que as "garantias de segurança" para Kiev sejam efetivas após um acordo de paz com Moscou. "Esta força não tem a vontade nem o objetivo de travar qualquer guerra contra a Rússia", destacou o presidente francês. A participação de 26 países na "coalizão dos dispostos" representa um passo concreto na resposta internacional ao conflito, segundo Zelensky.

      Em relação ao apoio dos Estados Unidos, Macron afirmou que a "garantia americana" será finalizada "nos próximos dias". "Os Estados Unidos foram muito claros sobre seu desejo de fazer parte das garantias de segurança para a Ucrânia", disse Macron após uma videoconferência com o presidente Donald Trump. O presidente ucraniano também reforçou essa posição, afirmando que "não há dúvida" sobre o compromisso dos Estados Unidos com Kiev, e que o país conta com o "backstop (rede de segurança)" oferecido pelos americanos.

      O presidente francês também abordou a necessidade de garantir que, nas negociações com a Rússia, a Ucrânia não seja limitada em sua capacidade militar. "As garantias de segurança visam, antes de tudo, assegurar que, nas negociações, não haja qualquer limitação de formato ou capacidade para o exército ucraniano", afirmou. Ele reforçou que esse compromisso será defendido "até o fim".

      Em relação à situação política europeia, Macron criticou a postura de alguns países da União Europeia, como a Hungria e a Eslováquia, que continuam comprando petróleo russo, algo que tem gerado descontentamento nos Estados Unidos. Zelensky também comentou sobre o tema, alegando que o presidente Trump está "muito descontente" com essas compras, algo que, segundo ele, enfraquece a unidade transatlântica no enfrentamento à Rússia. "Esses dois países se queixaram ao presidente Trump após as recentes investidas ucranianas contra as infraestruturas energéticas russas", explicou Zelensky.

      Por fim, Macron indicou que, caso a Rússia continue a recusar negociações de paz, os países europeus, em conjunto com os Estados Unidos, imporão novas sanções econômicas. "Haverá novos contatos entre americanos e russos", afirmou, deixando claro que o alinhamento entre Europa e Estados Unidos deve ser cada vez mais eficaz para pressionar Moscou a buscar um acordo de paz.

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