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      Itamaraty volta a criticar governo Trump e diz que soberania brasileira ‘não está em negociação’

      EUA voltaram a vincular as tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump a uma suposta perseguição contra Jair Bolsonaro

      Palácio do Itamaraty (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
      Bianca Penteado avatar
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      247 – O governo brasileiro repudiou, nesta terça-feira (15), as declarações mais recentes dos Estados Unidos, que voltaram a vincular as tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump a uma suposta perseguição contra Jair Bolsonaro. Desta vez, o governo norte-americano mencionou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

      Em resposta, o Itamaraty classificou a manifestação como uma "intromissão indevida e inaceitável" em questões internas do Judiciário brasileiro. "Tais manifestações não condizem com os 200 anos da relação de respeito e amizade entre os dois países", afirmou o Ministério das Relações Exteriores.

      O governo brasileiro também destacou que vem negociando, com autoridades dos EUA, desde março, questões comerciais de interesse mútuo. Segundo o Itamaraty, o Brasil continua aberto ao diálogo, mas rejeita qualquer tentativa de politização. 

      Confira a nota na íntegra: 

      “O governo brasileiro deplora e rechaça, mais uma vez, manifestações do Departamento de Estado norte-americano e da embaixada daquele país em Brasília que caracterizam nova intromissão indevida e inaceitável em assuntos de responsabilidade do Poder Judiciário brasileiro. Tais manifestações não condizem com os 200 anos da relação de respeito e amizade entre os dois países.

      No que se refere ao comércio, o Brasil vem negociando com autoridades norte-americanas, desde março, questões relativas a tarifas, de interesse mútuo, e está disposto a dar sequência a esse diálogo, em benefício das economias, dos setores produtivos e das populações de ambos os países. A equivocada politização do assunto não é de responsabilidade do Brasil, país democrático cuja soberania não está e nem estará jamais na mesa de qualquer negociação.”

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