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      Iraque condena declarações de Netanyahu sobre “Grande Israel” e alerta para ameaça à soberania regional

      Governo iraquiano classifica fala do premiê israelense como provocação flagrante e pede reação firme do mundo árabe e da comunidade internacional

      Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu - 21/05/2025 (Foto: REUTERS/Ronen Zvulun/Pool)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O governo do Iraque criticou duramente as recentes declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre a chamada visão de um “Grande Israel”. A informação foi divulgada pela rede HispanTV. Para Bagdá, as falas representam uma “provocação flagrante” à soberania de países da região e violam o direito internacional e a Carta das Nações Unidas.

      Na última terça-feira (12), Netanyahu afirmou à mídia israelense sentir “profunda conexão” com essa visão, que incluiria não apenas os territórios palestinos ocupados, mas também partes do Egito, Jordânia, Síria e Líbano. O líder israelense descreveu o projeto como “uma missão histórica e espiritual”.

      Reação iraquiana e pedido de mobilização internacional

      Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (14), o Ministério das Relações Exteriores do Iraque acusou o premiê israelense de expor “as ambições expansionistas desta entidade” e de buscar “desestabilizar a paz e a segurança” em toda a Ásia Ocidental.

      O documento convoca uma resposta “clara e firme” de países muçulmanos, nações árabes e da comunidade internacional contra o que classifica como “agenda expansionista” e políticas agressivas de Israel. Segundo o ministério, tais medidas e o discurso político baseado em “expansionismo e anexação” exigem ações concretas para interromper as violações da ocupação e encerrar a política de impunidade.

      Contexto da guerra em Gaza

      A chancelaria iraquiana destacou ainda que as declarações de Netanyahu ocorrem enquanto prossegue a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza. Desde o início da guerra, em outubro de 2023, o gabinete do premiê vem defendendo a ocupação total do território, o deslocamento de mais de 2,2 milhões de palestinos e o restabelecimento de assentamentos ilegais.

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