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Interceptação de Flotilha por Israel é uma ofensa grave, diz África do Sul

O presidente Cyril Ramaphosa exige a libertação imediata dos cidadãos sul-africanos detidos

Cyril Ramaphosa (Foto: Reuters)

247 - O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, condenou a interceptação da Global Sumud Flotilla por forças israelenses em águas internacionais próximas à Faixa de Gaza. O grupo de embarcações, composto por navios humanitários que levavam ajuda ao território palestino, teve cidadãos sul-africanos e de outras nacionalidades detidos.

Segundo comunicado oficial do governo sul-africano, Ramaphosa classificou a ação como mais uma violação do direito internacional e um agravamento do sofrimento imposto ao povo palestino. Entre os sul-africanos confirmados na flotilha estão Nkosi Zwelivelile Mandela, Zukiswa Wanner e Reaaz Moolla. Há ainda expectativa de confirmação sobre a situação de Zaheera Soomar, Fatima Hendricks e Carrie Shelver.

Condenação às ações de Israel

Ramaphosa afirmou que a operação de interceptação representa uma grave afronta ao esforço internacional de solidariedade com Gaza. “A interceptação da Global Sumud Flotilla é outro grave crime de Israel contra a solidariedade global e contra os esforços destinados a aliviar o sofrimento em Gaza e a promover a paz na região”, declarou o presidente.

O líder sul-africano destacou que o bloqueio israelense, somado a esse tipo de ação, agrava a fome e a escassez enfrentadas pela população palestina. Para ele, trata-se de uma atitude que contraria tanto decisões do Tribunal Internacional de Justiça quanto a soberania de países cujas bandeiras estavam hasteadas nas embarcações.

Apelo à libertação e ao fim do bloqueio

Ramaphosa fez um apelo direto a Tel Aviv: “Em nome do nosso governo e da nossa nação, peço a Israel que liberte imediatamente os sul-africanos sequestrados em águas internacionais, assim como os demais cidadãos de outros países que tentaram chegar a Gaza com ajuda humanitária”.

O presidente enfatizou ainda que a carga transportada deve chegar ao destino final, reforçando que a iniciativa não é um ato de confronto, mas de solidariedade. Ele recordou que a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos também já pediu a suspensão urgente do bloqueio contra Gaza.

Apoio internacional e expectativa de resolução

Ramaphosa reiterou que a África do Sul apoia os apelos da ONU e de outras organizações internacionais para que Israel permita a entrada imediata de suprimentos de caráter vital. “Meus pensamentos estão com todos os sequestrados e suas famílias, e é minha expectativa que Israel liberte os ativistas de direitos humanos, já que esses sequestros não contribuem em nada para os esforços de paz no Oriente Médio”, afirmou.

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