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Hamas entrega primeiros prisioneiros enquanto Trump desembarca em Israel

Sete israelenses foram entregues pelo Hamas e mais de 1.900 prisioneiros palestinos devem ser soltos em meio à cúpula internacional sobre Gaza

Prisioneiros israelenses libertados são conduzidos a Israel em Carros da Cruz Vermelha (Foto: Reuters)

247 - O clima de expectativa no Oriente Médio ganhou novos contornos nesta segunda-feira (13), com a libertação dos primeiros sete prisioneiros israelenses em poder do Hamas em Gaza. O processo, acompanhado de perto pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), marca o início de uma troca que também prevê a soltura de 1.966 prisioneiros palestinos, informa a Reuters.

Entre os bastidores diplomáticos, o destaque foi a chegada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Tel Aviv. Recebido pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu no aeroporto Ben Gurion, o mandatário norte-americano deve se reunir com familiares de prisioneiros e discursar no parlamento israelense. Paralelamente, líderes internacionais se organizam para uma cúpula no Egito, em Sharm el-Sheikh, com foco no futuro da Faixa de Gaza.

Segundo a Cruz Vermelha, equipes estão coordenando tanto a transferência dos prisioneiros israelenses quanto a dos palestinos mantidos em Israel. A entidade classificou a operação como “altamente complexa”, exigindo planejamento minucioso de logística e segurança. Além disso, o comitê informou que facilitará também a entrega de restos mortais entre as partes. Desde 2023, o CICV já intermediou a libertação de 148 reféns e 1.931 detidos.

De acordo com autoridades envolvidas na operação, 250 prisioneiros devem ser direcionados para a Cisjordânia, Jerusalém e outros países, enquanto 1.716 terão como destino o hospital Nasser, em Gaza.

Imagens transmitidas ao vivo mostraram veículos da Cruz Vermelha deixando Gaza com os prisioneiros libertados. Em Tel Aviv, a chamada “Praça dos Reféns” foi tomada por pessoas que acompanharam cada etapa da libertação.

Pressão internacional sobre o Hamas

Enquanto a libertação dos reféns avança, países como Catar, Egito e Turquia intensificam a pressão para que o Hamas abandone as armas. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, declarou à rádio Deutschlandfunk: “Nenhum desses Estados quer que o Hamas seja ativo. Eles querem o desarmamento e, nesse sentido, temos um bom cenário de pressão, porque não funcionará sem pressão”.

Próximos passos

A expectativa agora se volta para o Egito, onde líderes mundiais discutirão o futuro político de Gaza. A reunião em Sharm el-Sheikh deve contar com representantes de países árabes, europeus e dos Estados Unidos. O pano de fundo é a tentativa de transformar a libertação dos reféns em um ponto de virada para negociações mais amplas sobre segurança e reconstrução da região.

No centro de tudo, permanece a tensão: a troca de prisioneiros trouxe alívio para muitas famílias, mas também expôs os desafios diplomáticos e humanitários que ainda cercam a situação política da Palestina, alvo do genocídio praticado por Israel.

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