Hamas critica plano de Trump, mas admite avaliar proposta de forma positiva
Movimento da resistência palestina vê injustiça em proposta dos EUA, mas sinaliza que pode analisá-la com abertura
247 - Fontes do Hamas afirmaram que o novo plano apresentado pela Casa Branca para encerrar a guerra “pende para um lado e cria injustiça”, privilegiando os interesses de Israel em detrimento dos palestinos. Ainda assim, os dirigentes do movimento indicaram que o projeto será estudado com uma visão “positiva” e que uma resposta oficial será dada em breve.
A informação é do jornal saudita Asharq Al-Awsat e foi reproduzida pelo The Times of Israel. Segundo a publicação, os mediadores pediram ao Hamas que apresente sua posição em até dois dias, embora o movimento ainda não tenha definido uma data exata para responder formalmente ao governo de Donald Trump.
Posições do Hamas sobre o plano
De acordo com as fontes consultadas, o Hamas considera que, apesar de o plano trazer pontos detalhados, não há garantias concretas de implementação. A proposta prevê que todos os prisioneiros sejam libertados em até 72 horas, o que o movimento considera de difícil execução, sobretudo em relação aos corpos das vítimas já mortas. Segundo os dirigentes do Hamas, seria necessário tempo adicional para localizar os locais de sepultamento desses reféns na Faixa de Gaza.
Ainda assim, lideranças internas do Hamas têm defendido a importância de dar uma resposta positiva, sinalizando disposição para discutir um possível acordo. Até mesmo a ala militar do movimento teria concordado com essa orientação, segundo as mesmas fontes.
Mediação e expectativa internacional
O plano de Washington surge em meio a intensa pressão diplomática para encerrar o genocídio. A posição do Hamas, embora alvo de críticas, é observada com atenção pela comunidade internacional, uma vez que a abertura para avaliar a proposta pode indicar um espaço para negociações.
A decisão do Hamas ao plano apresentado por Trump poderá ser decisiva para o futuro dos esforços de paz na região, especialmente diante da necessidade de garantias claras sobre a libertação de prisioneiros a reconstrução da Faixa de Gaza.