Greta Thunberg denuncia que foi mantida em cela em condições degradantes em Israel
Ativista sueca relatou desidratação, falta de comida e tratamento severo durante sequestro depois da interceptação da Flotilha Global Sumud
247 - A ativista climática sueca Greta Thunberg relatou ter sido detida em condições degradantes em Israel após a interceptação da Flotilha Global Sumud, que tentava levar ajuda humanitária a Gaza. A informação foi publicada neste sábado (4) pelo portal UOL, com base em documento da embaixada sueca.
Segundo o relatório, Greta disse que foi mantida em uma cela “infestada de percevejos”, além de sofrer com desidratação e escassez de alimentos. “Ela informou sobre desidratação. Recebeu quantidades insuficientes de água e comida. Ela também afirmou ter desenvolvido erupções cutâneas que suspeita terem sido causadas por percevejos. Ela falou de tratamento severo e disse ter ficado sentada por longos períodos em superfícies duras”, diz o documento.
Greta Thunberg estava entre as 437 pessoas que participavam da iniciativa internacional, composta por ativistas, políticos, jornalistas e personalidades públicas. A frota, chamada de Global Sumud Flotilla — “resiliência”, em árabe — reuniu mais de 40 embarcações que zarparam de Barcelona, em setembro, carregando ajuda humanitária destinada à população palestina de Gaza.
A viagem durou cerca de um mês, com as embarcações chegando próximas às águas do enclave palestino no início de outubro. Na quarta-feira (1º), a Marinha israelense iniciou a interceptação dos barcos.
Entre os detidos, além de Greta Thunberg, estão o ativista brasileiro Thiago Ávila, a deputada federal Luiziane Lins, a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau e Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela. Representantes de diversos países latino-americanos e europeus também foram presos, incluindo brasileiros, argentinos, mexicanos e espanhóis.