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Ativistas da flotilha sequestrados por Israel iniciam greve de fome

Brasileiros estão entre os detidos ilegalmente pelas forças israelenses

Fragmento de vídeo transmitido ao vivo mostra forças navais israelenses abordando navio Marinette, que compõe a flotilha que transporta ajuda a Gaza 03/10/2025 Flotilha Global Sumud/Divulgação via REUTERS (Foto: Flotilha Global Sumud/Divulgação via REUTERS)

247 - Parte dos ativistas internacionais detidos em Israel após tentarem chegar a Gaza deu início a uma greve de fome. Segundo a coluna Grande Angular, do Metrópoles, a informação foi divulgada pela Delegação Brasileira do Global Sumud Flotilla, que acompanha o caso e denuncia as condições da prisão ilegal feita pelas Forças de Defesa de israel (IDF).

Ao todo, mais de 400 pessoas de 44 países diferentes foram presas por forças militares israelenses. O grupo viajava em embarcações que transportavam ajuda humanitária para a população de Gaza, quando foi interceptado após ter sido atacado por drones na quarta-feira (1).

Brasileiros entre os presos

Entre os ativistas estão o brasiliense Thiago Ávila, a ambientalista sueca Greta Thunberg e parlamentares brasileiros, como a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Todos foram conduzidos para instalações israelenses, onde permanecem sob custódia. A delegação brasileira informou que os ativistas decidiram recorrer à greve de fome como forma de “usar o próprio corpo como instrumento de denúncia e resistência”.

Defesa jurídica e risco de deportação

De acordo com a reportagem, os advogados do Global Sumud Flotilla informaram em nota que iniciaram a defesa dos detidos na quinta-feira (2). Algumas audiências preliminares foram realizadas, mas apenas uma parcela dos presos assinou o chamado “Pedido de Saída Imediata”.

O documento, no entanto, é visto com cautela pelos ativistas. “Deve ser ressaltado que a assinatura do Pedido de Saída Imediata implica no reconhecimento da entrada ilegal em Israel, com imediata deportação, e o banimento por mais de 100 anos do intitulado território israelense”, diz o comunicado oficial.

Itamaraty pressiona Israel

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que notificou formalmente o governo de Israel sobre a inconformidade com a operação militar. A chancelaria brasileira também anunciou que representantes diplomáticos visitarão os 15 cidadãos brasileiros detidos e manterão contato direto com eles até esta sexta-feira (3).

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