Ativistas da flotilha sequestrados por Israel iniciam greve de fome
Brasileiros estão entre os detidos ilegalmente pelas forças israelenses
247 - Parte dos ativistas internacionais detidos em Israel após tentarem chegar a Gaza deu início a uma greve de fome. Segundo a coluna Grande Angular, do Metrópoles, a informação foi divulgada pela Delegação Brasileira do Global Sumud Flotilla, que acompanha o caso e denuncia as condições da prisão ilegal feita pelas Forças de Defesa de israel (IDF).
Ao todo, mais de 400 pessoas de 44 países diferentes foram presas por forças militares israelenses. O grupo viajava em embarcações que transportavam ajuda humanitária para a população de Gaza, quando foi interceptado após ter sido atacado por drones na quarta-feira (1).
Brasileiros entre os presos
Entre os ativistas estão o brasiliense Thiago Ávila, a ambientalista sueca Greta Thunberg e parlamentares brasileiros, como a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Todos foram conduzidos para instalações israelenses, onde permanecem sob custódia. A delegação brasileira informou que os ativistas decidiram recorrer à greve de fome como forma de “usar o próprio corpo como instrumento de denúncia e resistência”.
Defesa jurídica e risco de deportação
De acordo com a reportagem, os advogados do Global Sumud Flotilla informaram em nota que iniciaram a defesa dos detidos na quinta-feira (2). Algumas audiências preliminares foram realizadas, mas apenas uma parcela dos presos assinou o chamado “Pedido de Saída Imediata”.
O documento, no entanto, é visto com cautela pelos ativistas. “Deve ser ressaltado que a assinatura do Pedido de Saída Imediata implica no reconhecimento da entrada ilegal em Israel, com imediata deportação, e o banimento por mais de 100 anos do intitulado território israelense”, diz o comunicado oficial.
Itamaraty pressiona Israel
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que notificou formalmente o governo de Israel sobre a inconformidade com a operação militar. A chancelaria brasileira também anunciou que representantes diplomáticos visitarão os 15 cidadãos brasileiros detidos e manterão contato direto com eles até esta sexta-feira (3).