EUA reafirmam seu “apoio inabalável” a Israel em meio ao genocídio palestino
Hamas afirmou que a visita de Rubio reafirma “o viés e a plena colaboração da atual administração norte-americana nos crimes da ocupação"
247 - O secretário de Estado dos EUA reiterou que Washington mantém firme seu apoio ao regime de Tel Aviv, acusado de cometer genocídio contra os palestinos na Faixa de Gaza, informou o canal HispanTV nesta terça-feira (16).
Durante sua visita a Israel, na segunda-feira, Marco Rubio prometeu o “apoio inabalável” dos Estados Unidos às ações de Israel na guerra contra o enclave palestino sitiado.
“Vocês podem contar com nosso apoio e compromisso inabaláveis”, afirmou Rubio aos jornalistas, ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Ele também declarou que discutiria com Netanyahu os planos de Israel para assumir o controle da Cidade de Gaza, o maior centro urbano do território palestino sitiado, além das intenções do regime de Tel Aviv de anexar partes da Cisjordânia ocupada.
EUA apoiam Israel e participam de crimes em Gaza
O chefe da diplomacia norte-americana ainda criticou a iniciativa de países europeus de reconhecer oficialmente um Estado palestino, alegando que essa medida “encorajou” o Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (Hamas).
“São em grande parte simbólicos... o único impacto real que têm é fazer com que o Hamas se sinta mais encorajado”, declarou Rubio.
Netanyahu, por sua vez, descreveu a visita como uma “mensagem clara” do apoio dos Estados Unidos a Israel e exaltou o presidente Donald Trump como “o melhor amigo que Israel já teve”.
Em resposta, o movimento palestino Hamas afirmou que a visita de Rubio reafirma “o viés e a plena colaboração da atual administração norte-americana nos crimes da ocupação contra nosso povo, nossa terra e nossos locais sagrados”.
HAMAS critica Rubio por “provocação aos muçulmanos”
Rubio publicou posteriormente que sua visita refletia a convicção de que Jerusalém é o que chamou de “capital eterna” de Israel.
Até o primeiro mandato de Trump, presidentes dos EUA evitavam declarações explícitas de apoio ao controle israelense sobre Al-Quds ocupada.
A reunião de três horas ocorreu em meio à crescente indignação após a agressão israelense contra Catar na semana anterior, cujo objetivo foi assassinar membros do Bureau Político do Hamas e negociadores palestinos de paz—ataque pelo qual Netanyahu assumiu “plena responsabilidade”—, além do genocídio em Gaza, onde já morreram mais de 64 mil civis.
Mundo condena ataques israelenses contra Catar
A visita de Rubio coincidiu com uma cúpula de emergência no Catar, convocada por países árabes e islâmicos em resposta ao ataque israelense contra líderes do Hamas em Doha.
O Catar, ao lado do Egito e dos EUA, tem liderado esforços de mediação entre Israel e grupos de resistência palestinos para alcançar um cessar-fogo.
Donald Trump se absteve de manifestar apoio direto a Catar, embora o país sedie a maior base aérea dos EUA na região e tenha concedido diversos favores a Washington, incluindo a doação de um jato de luxo.
Por sua vez, Doha denunciou que o ataque criminoso constitui uma flagrante violação das leis e normas internacionais, além de uma grave ameaça à segurança de seus cidadãos e residentes.