EUA fazem de tudo para que Israel tenha controle sobre o Líbano, diz líder do Hezbollah
"Os EUA se recusaram a cumprir suas obrigações com o Líbano", afirmpu Naim Qassem
247 - O secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, disse nesta quarta-feira (10) que os Estados Unidos estão exercendo toda a pressão possível sobre as autoridades libanesas para desarmar o movimento Hezbollah, com o objetivo de expandir a influência de Israel dentro do Líbano.
"Os EUA estão prontos para entregar o Líbano completamente a Israel. Os EUA se recusaram a cumprir suas obrigações com o Líbano e, portanto, a questão de entregar as armas do movimento se tornou uma condição para os passos não respondidos pelo inimigo [Israel], seja de forma pacífica ou pela força", afirmou Qassem em um vídeo transmitido pela emissora Al Mayadeen.
Os EUA e Israel têm um único objetivo - "desarmar o Líbano para que ele se torne um pedaço apetitoso como parte da implementação do projeto do 'grande Israel'", acrescentou.
Qassem pediu a todas as forças políticas do país que se sentem à mesa de negociações, com a preservação da unidade nacional como prioridade, além do fim da ocupação israelense e da liberação de prisioneiros de Israel.
As autoridades libanesas afirmaram repetidamente que Israel continua a violar sistematicamente a soberania do Líbano, apesar do acordo de cessar-fogo alcançado em novembro de 2024.
As forças armadas israelenses mantêm presença em cinco pontos estratégicos no sul do Líbano, incluindo a parte norte da aldeia de Ghajar, que as autoridades libanesas consideram uma ocupação contínua e uma violação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU. O Ministério da Saúde libanês informou que mais de 235 pessoas foram mortas e mais de 500 ficaram feridas em ataques israelenses no Líbano desde novembro de 2024.
Por sua vez, o exército israelense afirma que os ataques estão direcionados à infraestrutura militar do Hezbollah e têm como objetivo eliminar a liderança de sua ala militar. Israel enfatizou repetidamente que continuará a atacar o Líbano para eliminar a ameaça representada pelo movimento xiita (com Sputnik).