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Entra em vigor veto migratório de Trump, que impede entrada de cidadãos de 19 países nos EUA

Decreto do presidente dos EUA marca endurecimento da política migratória

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante uma coletiva de imprensa com Elon Musk (não na foto) no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, DC, EUA, em 30 de maio de 2025 (Foto: REUTERS/Nathan Howard)
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247 - Uma nova versão do veto migratório imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, entra oficialmente em vigor na manhã desta segunda-feira (9), retomando uma política já aplicada em seu primeiro mandato. A medida atinge totalmente cidadãos de 12 países, a maioria deles em situação de crise ou com relações tensas com Washington, e parcialmente outros sete países.

Segundo a Casa Branca, a proibição atinge todos os cidadãos do Afeganistão, Mianmar, Chade, Congo-Brazzaville, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. A decisão também impõe restrições parciais para cidadãos de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela — nesses casos, alguns tipos de vistos de trabalho temporário ainda poderão ser concedidos.

“À medida que ameaças surgem ao redor do mundo, novos países poderão ser adicionados”, advertiu o presidente Trump em pronunciamento oficial, indicando que a lista não está fechada.

O endurecimento da política migratória ocorre em meio à intensificação do discurso do governo contra a imigração irregular e em defesa da “segurança nacional”, bandeira central da administração Trump. A nova ordem executiva é vista como parte de um esforço mais amplo para reduzir significativamente a entrada de estrangeiros nos Estados Unidos, inclusive de refugiados.

Apesar da rigidez da medida, há exceções. Atletas que participarem da Copa do Mundo de 2026 — que será coorganizada pelos EUA, Canadá e México — não serão afetados pela proibição, segundo o governo norte-americano. Diplomatas dos países atingidos também estão isentos da nova regra.

Ainda assim, a repercussão internacional foi imediata. Organizações de direitos humanos e representantes das comunidades afetadas expressaram indignação diante da ordem executiva, considerada discriminatória e desumana.

A decisão reacende um dos debates mais polarizados da política norte-americana, com defensores alegando que se trata de uma medida legítima de proteção fronteiriça e críticos denunciando xenofobia institucionalizada.

Durante seu primeiro mandato, Trump já havia implementado uma ordem semelhante, que se tornou símbolo de sua postura anti-imigração. À época, a medida foi alvo de processos judiciais e protestos internacionais. Agora, com o controle renovado da Casa Branca, ele relança a estratégia com escopo ampliado. 

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