Entra em vigor veto migratório de Trump, que impede entrada de cidadãos de 19 países nos EUA
Decreto do presidente dos EUA marca endurecimento da política migratória
247 - Uma nova versão do veto migratório imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, entra oficialmente em vigor na manhã desta segunda-feira (9), retomando uma política já aplicada em seu primeiro mandato. A medida atinge totalmente cidadãos de 12 países, a maioria deles em situação de crise ou com relações tensas com Washington, e parcialmente outros sete países.
Segundo a Casa Branca, a proibição atinge todos os cidadãos do Afeganistão, Mianmar, Chade, Congo-Brazzaville, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. A decisão também impõe restrições parciais para cidadãos de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela — nesses casos, alguns tipos de vistos de trabalho temporário ainda poderão ser concedidos.
“À medida que ameaças surgem ao redor do mundo, novos países poderão ser adicionados”, advertiu o presidente Trump em pronunciamento oficial, indicando que a lista não está fechada.
O endurecimento da política migratória ocorre em meio à intensificação do discurso do governo contra a imigração irregular e em defesa da “segurança nacional”, bandeira central da administração Trump. A nova ordem executiva é vista como parte de um esforço mais amplo para reduzir significativamente a entrada de estrangeiros nos Estados Unidos, inclusive de refugiados.
Apesar da rigidez da medida, há exceções. Atletas que participarem da Copa do Mundo de 2026 — que será coorganizada pelos EUA, Canadá e México — não serão afetados pela proibição, segundo o governo norte-americano. Diplomatas dos países atingidos também estão isentos da nova regra.
Ainda assim, a repercussão internacional foi imediata. Organizações de direitos humanos e representantes das comunidades afetadas expressaram indignação diante da ordem executiva, considerada discriminatória e desumana.
A decisão reacende um dos debates mais polarizados da política norte-americana, com defensores alegando que se trata de uma medida legítima de proteção fronteiriça e críticos denunciando xenofobia institucionalizada.
Durante seu primeiro mandato, Trump já havia implementado uma ordem semelhante, que se tornou símbolo de sua postura anti-imigração. À época, a medida foi alvo de processos judiciais e protestos internacionais. Agora, com o controle renovado da Casa Branca, ele relança a estratégia com escopo ampliado.
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