247 - Uma nova versão do veto migratório imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, entra oficialmente em vigor na manhã desta segunda-feira (9), retomando uma política já aplicada em seu primeiro mandato. A medida atinge totalmente cidadãos de 12 países, a maioria deles em situação de crise ou com relações tensas com Washington, e parcialmente outros sete países.
Segundo a Casa Branca, a proibição atinge todos os cidadãos do Afeganistão, Mianmar, Chade, Congo-Brazzaville, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. A decisão também impõe restrições parciais para cidadãos de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela — nesses casos, alguns tipos de vistos de trabalho temporário ainda poderão ser concedidos.
“À medida que ameaças surgem ao redor do mundo, novos países poderão ser adicionados”, advertiu o presidente Trump em pronunciamento oficial, indicando que a lista não está fechada.
O endurecimento da política migratória ocorre em meio à intensificação do discurso do governo contra a imigração irregular e em defesa da “segurança nacional”, bandeira central da administração Trump. A nova ordem executiva é vista como parte de um esforço mais amplo para reduzir significativamente a entrada de estrangeiros nos Estados Unidos, inclusive de refugiados.
Apesar da rigidez da medida, há exceções. Atletas que participarem da Copa do Mundo de 2026 — que será coorganizada pelos EUA, Canadá e México — não serão afetados pela proibição, segundo o governo norte-americano. Diplomatas dos países atingidos também estão isentos da nova regra.
Ainda assim, a repercussão internacional foi imediata. Organizações de direitos humanos e representantes das comunidades afetadas expressaram indignação diante da ordem executiva, considerada discriminatória e desumana.
A decisão reacende um dos debates mais polarizados da política norte-americana, com defensores alegando que se trata de uma medida legítima de proteção fronteiriça e críticos denunciando xenofobia institucionalizada.
Durante seu primeiro mandato, Trump já havia implementado uma ordem semelhante, que se tornou símbolo de sua postura anti-imigração. À época, a medida foi alvo de processos judiciais e protestos internacionais. Agora, com o controle renovado da Casa Branca, ele relança a estratégia com escopo ampliado.&nbsp;

José Reinaldo

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante uma coletiva de imprensa com Elon Musk (não na foto) no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, DC, EUA, em 30 de maio de 2025

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Mundo

Entra em vigor veto migratório de Trump, que impede entrada de cidadãos de 19 países nos EUA

247 - O governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, determinou nesta terça-feira (27), a suspensão imediata de novas entrevistas para concessão de vistos estudantis (categorias F, M e J) em todas as embaixadas e consulados do país.&nbsp;
A decisão, comunicada por meio de um memorando assinado pelo secretário de Estado Marco Rubio, foi divulgada pelo site Politico. A medida antecede a implementação de um novo protocolo de triagem que incluirá a análise obrigatória das redes sociais dos candidatos.&nbsp;
Segundo o documento, os postos consulares devem “interromper imediatamente a adição de novas vagas para entrevistas de vistos estudantis e de intercâmbio até que novas orientações sejam emitidas”. Entrevistas já agendadas poderão ocorrer normalmente. A expectativa é que as novas diretrizes sejam divulgadas nos próximos dias.
Essa iniciativa faz parte de uma série de ações do governo Trump para restringir a entrada de estudantes estrangeiros, especialmente aqueles que manifestam apoio a causas palestinas ou críticas a Israel. Em março, Rubio já havia sinalizado a intensificação dessas medidas após a prisão de Rümeysa Öztürk, doutoranda da Universidade Tufts, detida por agentes federais após coautorar um artigo opinativo em apoio aos palestinos. Rubio afirmou na ocasião: “Se você solicita um visto para estudar nos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Estados+Unidos">Estados Unidos</a> e nos informa que pretende participar de movimentos que envolvem vandalismo em universidades, assédio a estudantes, ocupação de prédios, tumultos — não concederemos o visto”.
Além da suspensão das entrevistas, o <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Departamento+de+Estado">Departamento de Estado</a> está exigindo que diplomatas examinem as redes sociais de solicitantes de vistos estudantis e de intercâmbio, com o objetivo de identificar postagens consideradas críticas aos Estados Unidos ou a Israel. Rubio declarou que mais de 300 vistos já foram revogados com base nessas análises. &nbsp;
Paralelamente, a Universidade <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Harvard+">Harvard </a>enfrenta uma série de sanções por parte do governo federal. Na semana passada, o Departamento de Segurança Interna (DHS) revogou a certificação da instituição para matricular estudantes internacionais, afetando cerca de 6.800 alunos estrangeiros. A medida foi temporariamente suspensa por uma ordem judicial, mas o DHS estipulou que os estudantes devem se transferir para outras instituições antes do ano letivo de 2025-2026 ou perderão seu status legal.&nbsp;
O governo <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Trump+">Trump </a>também ordenou o cancelamento de contratos federais com Harvard, totalizando aproximadamente US$ 100 milhões, e ameaçou redirecionar até US$ 3 bilhões em fundos para escolas técnicas. As ações são justificadas por acusações de que a universidade abriga atividades antissemitas e mantém vínculos com o Partido Comunista Chinês, alegações que Harvard nega veementemente.&nbsp;

Luis Mauro Filho

Estudantes caminham pelo campus da American University em Washington, DC, EUA, em 20 de março de 2025

Governo Trump suspende vistos estudantis e impõe vigilância ideológica sobre redes sociais de aplicantes

247 - O primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer, enfrenta uma onda de críticas dentro de seu próprio partido após anunciar uma série de medidas para restringir a imigração no <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Reino+Unido">Reino Unido</a>.&nbsp;
Em discurso proferido nesta segunda-feira (12), Starmer alertou que o país corre o risco de se tornar uma "ilha de estranhos" caso não haja maior controle sobre as fronteiras. As informações são do jornal The Guardian.
As medidas propostas incluem o aumento do tempo necessário para que imigrantes possam solicitar residência permanente, passando de cinco para dez anos, além de endurecer os requisitos de proficiência em inglês e limitar a entrada de trabalhadores estrangeiros em setores como o de cuidados domiciliares. O governo estima que essas mudanças possam reduzir a imigração líquida em até 100 mil pessoas por ano.&nbsp;
Parlamentares do Partido Trabalhista manifestaram preocupação com a direção das políticas migratórias. Sarah Owen, deputada por Luton North, afirmou: "Já disse antes e direi novamente: perseguir a cauda da direita corre o risco de levar nosso país por um caminho muito sombrio."&nbsp;
Nadia Whittome, deputada por Nottingham East, criticou o aumento da retórica anti-imigrante, classificando-a como "vergonhosa e perigosa". Ela acrescentou: "Migrantes são nossos vizinhos, amigos e familiares. Sugerir que a Grã-Bretanha corre o risco de se tornar 'uma ilha de estranhos' por causa da imigração imita o alarmismo da extrema-direita."
Zarah Sultana, deputada independente por Coventry East, acusou Starmer de ecoar o discurso de Enoch Powell, afirmando: "Esse discurso alimentou décadas de racismo e divisão. Ecoá-lo hoje é uma desgraça."&nbsp;
O governo defende que as medidas visam restaurar a confiança pública no sistema migratório e garantir que a imigração seja controlada e justa. No entanto, críticos argumentam que as mudanças podem prejudicar setores essenciais da economia e comprometer a integração de comunidades migrantes.
Enquanto isso, líderes regionais, como o prefeito de <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Londres">Londres</a>, Sadiq Khan, distanciaram-se das declarações de Starmer, indicando que não usariam as mesmas palavras para descrever a situação migratória.&nbsp;

O líder do Partido Trabalhista da oposição britânica, Keir Starmer, discursa em Deal, Grã-Bretanha, 10 de maio de 2024

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