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      Enriquecimento de urânio no Irã é interrompido após danos causados por ataques dos EUA, diz Teerã

      Estoque de urânio altamente enriquecido do Irã inclui 400 quilos com pureza de até 60%

      O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi - 22/06/2025 (Foto: REUTERS/Umit Bektas)
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      247 - O processo de enriquecimento de urânio no Irã está atualmente paralisado devido aos danos provocados pelos ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares do país, afirmou nesta segunda-feira (21) o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi. Ele destacou, no entanto, que Teerã não abrirá mão de seu programa nuclear.

      No sábado, o porta-voz da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano, Ebrahim Rezaei, declarou que o Irã pode se retirar do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e começar a enriquecer urânio acima de 60% se a pressão das sanções contra o país continuar.

      “Está interrompido agora porque os danos [dos ataques dos EUA] são sérios e severos, mas, obviamente, não podemos desistir do nosso enriquecimento, porque é uma conquista dos nossos próprios cientistas e, mais do que isso, é uma questão de orgulho nacional”, disse Araghchi à Fox News.

      O estoque de urânio altamente enriquecido do Irã inclui 400 quilos com pureza de até 60%, enquanto o urânio em nível militar exige cerca de 90% de enriquecimento. Segundo autoridades dos Estados Unidos e de Israel, esse material está localizado em três instalações nucleares atingidas, atualmente inacessíveis ao Irã. Serviços de inteligência de ambos os países monitoram a situação nos locais, buscando identificar tentativas de remoção do material ou de retomada das operações nucleares.

      Na semana passada, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian afirmou que o Irã não vê problema em retomar as negociações nucleares com os Estados Unidos, acrescentando que a imagem do país como agressor foi construída externamente, inclusive por Israel.

      Na noite de 13 de junho, Israel lançou uma operação contra o Irã, acusando-o de manter um programa militar nuclear secreto. O Irã rejeitou as acusações e respondeu com seus próprios ataques. As partes trocaram ofensivas por 12 dias, período durante o qual os Estados Unidos realizaram um ataque pontual contra instalações nucleares iranianas, na noite de 22 de junho. Na noite seguinte, Teerã lançou mísseis contra a base norte-americana de Al Udeid, no Catar. No dia 23, o presidente Donald Trump anunciou que Irã e Israel haviam concordado com um cessar-fogo, encerrando a "guerra de 12 dias".

      O Irã nega possuir um programa nuclear com fins militares. Em 18 de junho, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que o órgão não encontrou evidências concretas de que o Irã tenha um programa ativo de armas nucleares. (Com informações da Sputnik). 

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