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Em Moscou, novo líder sírio diz a Putin que busca manter laços fortes

A Rússia tem duas grandes bases militares na Síria, consideradas estratégicas na região

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aperta a mão do líder da Síria, Ahmed al-Sharaa, durante uma reunião no Kremlin - Moscou, Rússia - 15 de outubro de 2025 (Foto: REUTERS)

247 - O líder sírio Ahmed Al Sharaa se reuniu nesta quarta-feira (15) com o presidente russo, Vladimir Putin, no Palácio do Kremlin, em Moscou, capital da Rússia, informou a agência SANA. Este foi o primeiro encontro oficial desde que Sharaa e suas milícias terroristas afiliadas tomaram a capital síria, Damasco, em dezembro passado, derrubando o aliado central de Moscou no Oriente Médio, o ex-presidente Bashar al-Assad. Assad vive hoje exilado em Moscou. 

De acordo com a SANA, durante a reunião foram discutidas formas de retomar a cooperação estratégica entre os países. Sharaa prometeu a Putin: "a nova Síria busca manter laços estreitos com a Rússia". Putin, por sua vez, afirmou estar disposto a reforçar os vínculos e anunciou a retomada do Comitê Governamental Conjunto entre Rússia e Síria, segundo a publicação. 

A aproximação indica que as duas principais bases militares russas em território sírio seguirão operando sob o novo regime de Damasco, avaliou a agência Reuters. Além disso, os países devem aprofundar os laços econômicos. O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse a jornalistas após as negociações que Moscou estava disposta a trabalhar em projetos petrolíferos na Síria e a ajudar o país a restaurar a infraestrutura energética, ferroviária e outras instalações críticas destruídas durante anos de conflito.

Sharaa já chefiou o braço sírio do grupo terrorista Al Qaeda. Após derrubar Assad, em uma insurreição apoiada por diversas forças terroristas, incluindo do Estado Islâmico, ele iniciou um esforço de propaganda. O líder do novo regime embarcou em uma série de viagens internacionais para tentar redefinir sua imagem. Sua ascensão contou com apoio de forças hostis ao chamado Eixo da Resistência, incluindo Washington.

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