HOME > Mundo

Eleição de Mamdani é 'forte mensagem ao extremismo de Trump', diz Gleisi

Para a ministra, vitória do socialista em Nova York representa rejeição à extrema direita e sinal de esperança para forças progressistas

Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

247 - A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, avaliou que a eleição de Zohran Mamdani para a prefeitura de Nova York envia “uma forte mensagem de rejeição às políticas de extrema-direita de Donald Trump”.

“A eleição de Zohran Mamdani coloca um socialista, filho de imigrantes e defensor da causa palestina na prefeitura de Nova Iorque. É uma forte mensagem de rejeição às políticas de extrema-direita de Donald Trump, por parte dos eleitores da maior cidade dos Estados Unidos. É também um sinal de esperança para as forças que defendem a paz e a democracia em todo o mundo”, disse Gleisi.

Mamdani, de 34 anos, foi projetado como vencedor da disputa e se tornará o primeiro muçulmano a comandar Nova York. Deputado estadual por três mandatos, o político, membro do Partido Democrata e ligado à ala “socialista democrática”, derrotou o ex-governador Andrew Cuomo, que concorreu como independente após perder as primárias democratas para o próprio Mamdani.

Em sua campanha, o novo prefeito prometeu implantar o primeiro programa universal de creche da cidade, tornar o transporte público gratuito e congelar o aluguel para cerca de um milhão de moradores com contratos estabilizados — medidas centrais de uma plataforma voltada à redução das desigualdades e ao acesso ampliado a serviços públicos.

A candidatura de Mamdani despertou entusiasmo entre jovens e setores progressistas, consolidando uma nova dinâmica dentro do Partido Democrata. Com um discurso voltado à inclusão e à justiça social, o político de origem imigrante tornou-se símbolo de renovação na política norte-americana.

Com a vitória confirmada, ele assumirá o posto em 1º de janeiro de 2026, sucedendo o atual prefeito Eric Adams. A expectativa é que sua administração enfrente desafios complexos, especialmente nas áreas de moradia, transporte e reestruturação dos serviços públicos municipais.

O resultado representa uma virada simbólica na política nova-iorquina e reforça o avanço de uma nova geração de líderes progressistas nos Estados Unidos. Em outros estados, os democratas também obtiveram vitórias expressivas: Abigail Spanberger, na Virgínia, e Mikie Sherrill, em Nova Jersey, venceram as disputas para governador com ampla vantagem.

As eleições desta terça-feira funcionaram como um barômetro do humor político norte-americano, indicando rejeição ao extremismo e fortalecendo o campo progressista às vésperas das eleições legislativas de 2026.

Na Califórnia, os democratas ainda ampliaram seu poder político, conquistando o direito de redesenhar os distritos eleitorais — um passo estratégico que deve influenciar diretamente a correlação de forças na Câmara dos Representantes.

O desempenho do partido nas urnas reforça, segundo analistas, a leitura expressa por Gleisi Hoffmann: o resultado em Nova York transcende fronteiras e reverbera como sinal de resistência democrática diante do avanço da extrema direita.

Artigos Relacionados