Com participação recorde, China realiza 3ª Exposição Internacional da Cadeia de Suprimentos em Pequim
Evento reúne mais de 600 expositores de 75 países
247 - A terceira edição da Exposição Internacional da Cadeia de Suprimentos da China (CISCE) foi inaugurada nesta quarta-feira (16), em Pequim, com a participação de 651 empresas e instituições provenientes de 75 países e regiões, segundo informações do Global Times.
O evento, organizado pelo Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT), reúne expositores de grande porte e pequenas e médias empresas, com foco na cooperação internacional para cadeias produtivas mais estáveis, sustentáveis e eficientes.
De acordo com a organização, a edição deste ano superou as expectativas e ampliou a participação internacional. A proporção de expositores estrangeiros subiu de 32% no ano anterior para 35%. Considerando os mais de 500 parceiros das cadeias produtivas levados pelos expositores, o número total de participantes ultrapassou 1.200.
Declarações do governo chinês
Durante a cerimônia de abertura, o vice-primeiro-ministro He Lifeng afirmou que a China continuará promovendo a cooperação internacional nas cadeias industriais com base na divisão de trabalho, abertura e benefícios mútuos. Ele declarou que o país “tem tomado ações práticas para garantir o funcionamento estável das cadeias produtivas globais e contribuir para a recuperação econômica mundial”.
Ren Hongbin, presidente do CCPIT, conclamou os participantes a fortalecerem o sistema global de comércio centrado na Organização Mundial do Comércio (OMC) e a aderirem à “Iniciativa de Pequim”, lançada durante a abertura. O documento defende o fortalecimento da segurança e estabilidade das cadeias produtivas globais, a promoção de inovação, a digitalização, a sustentabilidade ambiental e a ampliação da cooperação entre empresas de diferentes países.
Destaque para multinacionais com atuação local
Empresas como GE HealthCare, Tesla e Rio Tinto destacaram o papel do evento como ponto de conexão com o mercado chinês. A GE HealthCare informou que mais da metade dos produtos que vende na China são desenvolvidos localmente e que sua cadeia de suprimentos inclui cerca de 1.000 parceiros industriais, com volume de compras internas próximo a 10 bilhões de yuans por ano.
A Tesla, também em sua terceira participação na feira, afirmou que a Gigafábrica de Xangai — sua principal base de exportação global — responde por quase 50% de sua produção mundial, com mais de 95% das peças fornecidas por empresas locais. O complexo possui mais de 400 fornecedores de primeiro nível na China, sendo que mais de 60 deles integram a cadeia global da montadora. Segundo a empresa, a fábrica em Xangai é a mais eficiente entre suas unidades, com um carro sendo produzido a cada 30 segundos.
Já a mineradora Rio Tinto destacou o papel da CISCE na construção de cadeias industriais mais resilientes, de baixo carbono e inclusivas. A empresa vê a feira como um espaço para boas práticas e ampliação da cooperação em toda a cadeia de valor.
Participação de pequenas empresas e visão internacional
A feira também serviu de vitrine para pequenas e médias empresas. Aleksa Obradovic, gerente de produto da empresa sérvia Aledjo CNC Machining, afirmou que a participação no evento é uma oportunidade para encontrar novos parceiros, não apenas chineses. Esta foi a primeira vez que a empresa participou da CISCE.
Para Li Yuan, vice-diretor do Departamento de Pesquisa de Investimentos Internacionais da Academia do CCPIT, o nível de adesão e interesse na feira representa uma “demonstração de confiança da comunidade empresarial internacional no desenvolvimento econômico da China”.
Compromisso com cadeias globais
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, a CISCE se tornou uma plataforma de destaque no processo de abertura econômica do país. O porta-voz Lin Jian afirmou que “a tendência de integração profunda das cadeias industriais globais e da interdependência entre empresas de diferentes países é irreversível” e que a China continuará a colaborar para manter o funcionamento estável e desimpedido dessas cadeias.
A fala de Lin foi acompanhada por declarações semelhantes de representantes empresariais internacionais, como Jurgen Ritter, diretor do Centro Agrícola Sino-Alemão, que reforçou a necessidade de cooperação diante das incertezas globais: “Vivemos no mesmo mundo e precisamos agir em conjunto para enfrentar os desafios”.
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