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      Catástrofe humanitária se agrava em Gaza sob bombardeios e bloqueio de Israel

      Autoridade palestina denuncia fome generalizada, colapso da infraestrutura e inação da comunidade internacional diante da ofensiva israelense

      Palestinos deslocados retornam para suas casas enquanto caminham perto de casas destruídas em um ataque israelense durante o conflito, em meio à trégua temporária entre o Hamas e Israel, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 24 de novembro de 2023
      José Reinaldo avatar
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      247 - A Faixa de Gaza enfrenta uma situação humanitária sem precedentes, descrita como “catastrófica” por autoridades locais, em meio à intensificação dos bombardeios israelenses e à manutenção do cerco total imposto por Tel Aviv, iforma a Prensa Latina. De acordo com Ismail Thawabta, diretor-geral do Gabinete de Imprensa do Governo em Gaza, mais de dois milhões de palestinos estão submetidos a uma realidade de destruição, fome e ausência das condições mínimas para a sobrevivência.

      “A população de Gaza está vivendo sob bombardeios, fome e privação das necessidades mais básicas da vida”, afirmou Thawabta neste domingo (20), em declaração pública. Segundo ele, o território já sofre com a destruição completa de sua infraestrutura civil, o colapso do sistema de saúde e uma escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos.

      O dirigente palestino fez um duro apelo à comunidade internacional diante do agravamento da fome em Gaza e do bloqueio sistemático à entrada de ajuda humanitária. “Centenas de caminhões de ajuda continuam parados na fronteira”, denunciou, atribuindo a Israel a responsabilidade direta por essa obstrução e pela situação de miséria extrema vivida por civis.

      Diante do colapso humanitário, Thawabta defendeu a criação imediata de corredores humanitários permanentes e seguros, sob supervisão internacional. Ele também exigiu o fim da “politização da ajuda” e a adoção de medidas para garantir sua entrega desimpedida à população necessitada.

      Em tom contundente, o representante do governo de Gaza cobrou investigações internacionais independentes sobre "a fome causada por Israel" e pediu que os responsáveis por essa política sejam responsabilizados em instâncias jurídicas internacionais.

      Thawabta também criticou a inércia das potências ocidentais e apelou diretamente à União Europeia para que rompa com o que chamou de “ciclo de cumplicidade política e moral” com Israel. “A mera emissão de declarações formais não é mais suficiente”, disse. “O bloco deve ativar mecanismos internacionais de responsabilização, incluindo a suspensão imediata do Acordo de Associação Europeu com Israel.”

      Mesmo diante da gravidade da situação, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, tem reiterado apoio a Israel e vetado resoluções no Conselho de Segurança da ONU que pedem cessar-fogo imediato e acesso irrestrito à ajuda humanitária.

      A Faixa de Gaza, já submetida a mais de 17 anos de bloqueio israelense, vive agora o que autoridades locais descrevem como um “cenário de aniquilação”, enquanto aumentam as pressões da sociedade civil internacional por um embargo militar a Israel e pela responsabilização por crimes contra a humanidade.

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